Sessão Assíncrona


SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)

43514 - RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE DE UM CINEDEBATE SOBRE A VIVÊNCIA DE MULHERES LÉSBICAS
KATHELLY OLIVEIRA ANDRADE - FESF-SUS, ANA VITÓRIA ALVES ANTUNES - UFBA-IMS


Período de Realização
As vivências relatadas correspondem ao segundo semestre de 2019.

Objeto da experiência
Abranger para a comunidade acadêmica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) a discussão sobre a vivência de mulheres lésbicas com foco na saúde.

Objetivos
Trazer para graduandos na área da saúde debates sobre identidade de gênero e orientação sexual.
Discorrer sobre experiências e desafios de mulheres lésbicas frente ao preconceito e a invisibilidade.

Metodologia
O estudo teve abordagem descritiva e trata-se de um relato de experiência de 02 graduandas de enfermagem na organização do cinedebate com o título “Luz, Câmera, Sapatão!”. Atividade proposta dentro de um projeto de extensão “Projeto SER (Sexualidade: ressignificar e resistir)” no Instituto Multidisciplinar em Saúde da UFBA. Com o intuito de se desvencilhar um pouco da discussão somente da saúde sexual e levantar assuntos muitas vezes ditos como tabu pela população heteronormativa.

Resultados
A fim de compor um espaço mais representativo foram convidadas duas mulheres lésbicas, para conduzir o debate acerca da orientação sexual e papéis de gênero. Para tornar a atividade mais atrativa foi escolhido o filme “O mau exemplo de Cameron Post” que conta a história de uma estudante que é obrigada a passar por uma terapia de reversão sexual. Apesar da intensa divulgação, poucas pessoas compareceram reforçando sobre o desinteresse dos graduandos em ocupar espaços sobre mulheres lésbicas.

Análise Crítica
Houve discussão persistente dos papéis de gênero deferidos a mulheres e como qualquer comportamento dito como desviante da normatividade é utilizado como uma consequência também do "desvio sexual". Sendo esses estereótipos utilizados também por profissionais da saúde que em maioria subentendem qualquer mulher como heterossexual, ou seja, não cogitao que possa estar atendendo uma mulher lésbicas ou bissexual. Assim, não realizando uma escuta qualificada gerando barreiras nos serviços de saúde.

Conclusões e/ou Recomendações
Observamos a importância de existir mais espaço como esse na universidade, dando abertura a essa população pouco visível e discutida. As mulheres lésbicas são rodeadas por estigmas e preconceitos, então torna-se de máxima urgência que pessoas fora do meio LGBTQIA+ e profissionais da saúde tenham conhecimento das problemáticas e potencialidades que perpassam essa população, sendo necessário que a sensibilização seja feita desde a graduação.