SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
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41597 - SAÚDE DOS POVOS CIGANOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NARRATIVA KAMILLA DE ANDRADE CARVALHO - UFPB, ACAAHI CEJA DE PAULA DA COSTA - UFPB
Apresentação/Introdução As comunidades ciganas começaram a ser expulsas de Portugal em 1574 e tiveram como um dos seus destinos o Brasil. As populações ciganas fazem parte da construção sócio-histórica do Brasil, porém elas têm sido invizibilizadas na história e na cultura do país, sofrendo com a ausência de elaboração de políticas públicas educacionais, habitacionais e de saúde.
Objetivos Compreender o universo das publicações existentes no campo da saúde sobre as populações ciganas.
Metodologia Esta pesquisa buscou responder o seguinte questionamento: quais são as discussões abordadas nas publicações científicas no âmbito da saúde sobre as populações ciganas? Para responder esta questão, realizou-se uma pesquisa exploratória na base de dados SciElo utilizando como metodologia a revisão sistemática narrativa. A partir desta questão analisou-se os resultados e discussão abordados em trabalhos científicos publicados e realizados no Brasil no âmbito da saúde sobre as populações ciganas. A partir dos critérios definidos de inclusão e exclusão, chegou-se a seis artigos publicados em revistas de enfermagem, direito, psicologia, história e ciências sociais.
Resultados Os estudos sobre as populações ciganas se concentram nas áreas do Direito, Psicologia e Antropologia. Há predominância do uso de metodologias com base etnográfica. Os estudos apontam que os estereótipos e preconceitos inviabilizam a elaboração e a efetivação de políticas públicas para as comunidades ciganas. A rede familiar das populações ciganas é um importante tema para discutir território em relação às políticas de habitação. As questões de gênero são fortemente identificadas na cultura cigana e impactam no acesso à educação, saúde, entre outros, visto que as meninas são requisitadas desde muito cedo nos afazeres domésticos.
Conclusões/Considerações As autoras consideram que o debate sobre a saúde das populações ciganas ainda é incipiente e que os trabalhos acadêmicos que pautam esta questão ainda são escassos. Portanto, é um cenário que demanda mais aprofundamento.
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