SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
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40589 - PERFIL DA ATENÇÃO À SAÙDE DO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA DA BAHIA, 2019 CARLA EVELINE CRUZ FONSECA - UFBA, MILENA MARIA CORDEIRO DE ALMEIDA - UFBA
Apresentação/Introdução Conhecer o perfil epidemiológico dos indígenas tem importância estratégica para orientar a organização, o planejamento e a melhoria da qualidade dos programas e serviços de atenção à saúde dos indígenas. Mas poucos são os estudos realizados com o intuito de conhecer e demonstrar a situação de saúde dos povos indígenas.
Objetivos : Caracterizar a atenção à saúde indígena realizada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI-BA).
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, transversal, de caráter exploratório e descritivo. Realizado através dos dados secundários provenientes do módulo morbidade do Sistema de Informação da Atenção a Saúde Indígena (SIASI). A base de dados do modulo utilizado no estudo disponibiliza as variáveis: sexo, idade, diagnóstico (CID-10), polo base e profissionais responsáveis pela assistência. A população de estudo foram os 33.599 indivíduos indígenas cobertos pelo DSEI Bahia no ano de 2019.
Resultados Além dos diagnósticos inespecíficos referentes aos capítulos CID-10 XVIII e XXI, os diagnósticos mais frequentes na assistência à saúde ofertada pelo DSEI-BA foram: as doenças do aparelho respiratório (16,6%) e doenças infecciosas parasitárias (4,9%) entre os indígenas de 0 a 19 anos, as doenças do aparelho circulatório (9,0%) e do aparelho respiratório (8,2%) entre os de 20 a 49 anos e as doenças do aparelho circulatório (16,6%) e do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo (5,4%) para os de 50 anos ou mais.
Conclusões/Considerações Existem muitas dificuldades e limitações para compreender o perfil epidemiológico dos povos indígenas, incluindo a subnotificação dos diagnósticos. Ainda assim, foi possível perceber que as doenças respiratórias, além das infecciosas e parasitárias ainda fazem parte da realidade desses povos, mesmo com os avanços na cobertura da saúde, somando-se às doenças que estão surgindo, como as doenças crônicas.
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