Sessão Assíncrona


SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)

40427 - MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNACIONAIS E DE REFÚGIO E A INTERSETORIALIDADE: A REALIDADE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO MATO GROSSO DO SUL
LESLY LIDIANE LEDEZMA ABASTOFLOR - UFMS, DÉBORA DUPAS GONÇALVES DO NASCIMENTO - FIOCRUZ MS, FRANCISCA BEZERRA DE SOUZA - UCDB


Período de Realização
Ações realizadas de outubro de 2021 a maio de 2022.

Objeto da experiência
Pessoas em situação de rua, migrantes internacionais, refugiados e a intersetorialidade num Estado de fronteira seca e os desafios da saúde pública

Objetivos
Descrever a implementação de uma Comunidade de Práticas voltadas para Populações em Situação de Rua no Estado, refletindo sobre os serviços, programas e projetos que atendem essa população, com vista ao desenvolvimento de competências culturais para superar barreiras de acesso à saúde.

Metodologia
Foi formado um grupo intersetorial composto por profissionais de diversos municípios. Os encontros ocorreram mensalmente, de forma online, seguindo temas específicos, como: seleção de um nó crítico, descrição do problema (suas raízes e impactos), por meio da técnica Brainstorming (chuva de ideias) de forma a intervir no problema, testar soluções (teoria da mudança), prototipagem e teste da solução do problema na gestão e atuação dos serviços destinados às pessoas em Situação de Rua no estado.

Resultados
Adesão e engajamento do grupo que resultou na criação inédita no estado de uma plataforma podcast sobre esse tema e ainda um vídeo informativo veiculando na tv aberta e internet, tratando da temática de pessoas em situação de rua, migrantes internacionais e refugiados. Houve reorganização e fortalecimento da Rede Intersetorial, melhoria do reconhecimento de papéis da rede e interesse na sustentabilidade de manter o grupo articulado para dar continuidade a novas ações estratégicas.

Análise Crítica
Mato Grosso do Sul possui localização estratégica por fazer fronteira seca com Paraguai e Bolívia. O perfil das pessoas em situação de rua hoje no estado é em sua maioria de migrantes internacionais e, diante desse cenário, se faz necessário o monitoramento das iniquidades em saúde dessa população vulnerabilizada para desenvolver novas estratégias na produção do cuidado considerando as projeções de aumento da população em situação de rua no contexto da pandemia.

Conclusões e/ou Recomendações
A migração internacional e o refúgio são reconhecidos como um determinante social em saúde, e, portanto, dever do Estado e da comunidade produzir respostas para um tema que traz as barreiras da língua, da falta de documentação, moradia e a invisibilidade. Nesse sentido, a formação de um grupo intersetorial advogando para a efetivação políticas públicas e direitos vem respondendo a um dos maiores desafios do Sistema Único de Saúde.