Sessão Assíncrona


SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)

38527 - O PRINCÍPIO DA ATENÇÃO DIFERENCIADA AOS POVOS INDÍGENAS
ANA PAULA BARBOSA ALVES - PRONAT/DOCENTE DO CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE COLETIVA INDÍGENA INSIKIRAN/UFRR, TERCINARA DA SILVA AGUIAR - GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE COLETIVA INDÍGENA/INSIKIRAN/UFRR, SIMONE LOPES DE ALMEIDA - ENSP/FIOCRUZ/ DOCENTE DO CURSO DE MEDICINA/CCS/UFRR, LUIZA BRUM ARGENTA - DOCENTE DO CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE COLETIVA INDÍGENA INSIKIRAN/UFRR, HOSANA CAROLINA DOS SANTOS BARRETO - BIONORTE/ DOCENTE DO CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE COLETIVA INDÍGENA/INSIKIRAN/UFRR, MARCOS ANTONIO BRAGA DE FREITAS - DOCENTE DO CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL/INSIKIRAN/UFRR, PAULA TAINÁ BARBOSA ALVES - GRADUANDA DO CURSO DE MEDICINA/CCS/UFRR


Apresentação/Introdução
O princípio da Atenção Diferenciada norteia a saúde indígena no Brasil. Assim, os profissionais que irão trabalhar na área da saúde indígena, precisam, mostrar respeito as especificidades políticas e socioculturais de cada povo, para poder oferecer um serviço de saúde com qualidade. Portanto, este estudo questionou: qual é o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a atenção diferenciada?

Objetivos
Conhecer os principais fatores envolvidos no entendimento do princípio da atenção diferenciada na assistência à saúde aos povos indígenas em um hospital de um município do estado de Roraima.

Metodologia
Foi uma pesquisa exploratória, qualitativa, realizada em um hospital de um município do estado de Roraima, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFRR e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, com a CAAE: 88186718.3.0000.5302, parecer de no: 2.746.119. Realizou-se entrevistas semiestrurada com 11 questões abertas e fechadas, sobre a saúde indígena e o conceito de atenção diferenciada. As resposta das entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo e, mergiram duas categorias temáticas, sendo estas: conhecimento dos profissionais sobre o princípio da atenção diferenciada; importância do conhecimento sobre os povos indígenas para o atendimento à saúde hospitalar.

Resultados
Participaram 7 profissionais, com 34 a 48 anos de idade, três homens e quatro mulheres. Sendo um técnico em enfermagem, uma fonoaudióloga, um fisioterapeuta, um médico, uma assistente social, uma nutricionista, e uma residente em medicina. Sobre o tempo de atuação, variou-se de seis meses, três anos, cinco anos, sete anos, 10 anos, 14 anos e 22 anos. A maioria apresentou uma visão limitada sobre a atenção diferenciada aos povos indígenas, o que é inquietante pois assistem esses povos que representam mais de 40% da população do Estado; estavam preocupados em saber sobre os povos indígenas e com a qualidade na atenção. Mas, não faziam relação desses aspectos no seu trabalho assistencial.

Conclusões/Considerações
Os profissionais de saúde ainda não estão preparados para a prática diferenciada, mas reconhecem a importância das capacitações para melhorar os serviços de saúde aos povos indígenas. Notou-se que é fundamental mais investimentos na qualificação dos profissionais para o trabalho intercultural, assistindo conforme a diretriz do princípio da atenção diferenciada, respeitando as especificidades preconizadas nas leis que embasam a saúde indígena.