SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)
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40405 - O REVERSO DE ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE AS POTENCIALIDADES DAS IMAGENS E DAS ARTES ENQUANTO PRINCÍPIOS DESCOLONIZADORES PARA PENSAR O CUIDADO TATIANA ENGEL GERHARDT - PROFESSORA TITULAR EM SAÚDE COLETIVA E EM DESENVOLVIMENTO RURAL UFRGS, NATÁLIA BRISTOT MIGON - DOUTORANDA EM DESENVOLVIMENTO RURAL (PGDR/UFRGS)
Período de Realização O Projeto Deslocamentos: a imagem como dispositivo, iniciou em 2017 e permanece ativo até o presente.
Objeto da experiência Os usos da imagem enquanto giro epistemológico descolonizador do olhar para afetar as formas de pensar e agir em torno do cuidado.
Objetivos Produzir reflexões sobre o uso de imagens por movimentos ético-político-epistemológicos e estéticos frente às realidades humanas, em diferentes territórios de aprendizagem e no diálogo com as artes, tendo as imagens como indutoras da descolonização do Outro e do cuidado.
Metodologia Proposta desalinhante inspirada no Princípio Potosi Reverso, exercício ético-político-epistemológico de Silvia Cusicanqui. Somos desafiados a romper com a linearidade da narrativa escrita e a pensar os usos da imagem na produção do conhecimento e do imaginário social, se constituindo como instrumento de conhecimento ou de interiorização de preconceitos. Nesse exercício, a leitura não convencional da escrita nos convoca, como as imagens, a produzir e a pensar a partir de outro lugar de enunciação.
Resultados O exercício está dividido em 3 partes, a leitura iniciando pelo meio onde encontra-se o título, autoria e apresentação do tema e da escolha metodológica. Segue-se para o fim, para as atividades de formas de cuidado que se co-construiu pelas imagens. Retorna-se para o início, para os referenciais que sustentam as reflexões descolonizadoras de pensar o cuidado e a produção de conhecimento, enfatizando os desafios e benefícios que se alcançam com o giro linguístico e a opção epistemológica.
Análise Crítica Tendo como princípio o centro (nesta proposta de leitura), nos permitimos surpreender pelo olhar do outro e pelo centro de cada ser, reconhecendo assim a contribuição de um cuidado sentipensante, intercultural. Com esta proposta, destaca-se o potencial das imagens de criar movimentos entre as formas de conhecermos e compreendermos o mundo, de afetar as formas de pensar e agir em torno do cuidado e suas múltiplas referências, estabelecendo pontes de ligação entre as diferentes formas de saberes.
Conclusões e/ou Recomendações A realização deste giro, instiga questionar a monocultura do saber, a hegemonia e o silenciamento da escrita sobre outras linguagens, assim como o paradigma moderno e o privilégio epistêmico do modelo biomédico que mantém a colonialidade do corpo único e universal. Busca-se re-conceitualizar estruturas sociais e epistêmicas colocando em cena, em relação equitativa, lógicas, práticas e modos diversos de ser, pensar, cuidar e viver.
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