Sessão Assíncrona


SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)

39780 - INTERFACES DA SAÚDE COLETIVA COM A FILOSOFIA: LEITURAS INICIAIS
EMÍLIA CARVALHO LEITÃO BIATO - UNB, LUÍS HENRIQUE DA COSTA LEÃO - UFMT


Apresentação/Introdução
Este estudo aborda a importância de saberes interdisciplinares no campo da Saúde Coletiva, em suas contribuições para a composição de práticas socialmente comprometidas e sensíveis à complexidade da realidade da população a quem se oferece atenção à saúde. Especialmente, o diálogo com a Filosofia parece promissor para provocar o pensamento e gerar inquietações e desnaturalizações.

Objetivos
Este ensaio teórico tem, como objetivo, levantar questões acerca da intercessão do campo da saúde coletiva com a filosofia, considerando o valor da tríade ciência, arte e filosofia na composição do conhecimento e na provocação do pensamento crítico.


Metodologia
Trata-se de um ensaio teórico acerca das intercessões do capo da Saúde Coletiva com a Filosofia. Abre-se o debate em três tópicos: 1. A Filosofia como provocadora do pensamento e de críticas às práticas de saúde; 2. Diálogos entre as subdivisões dos dois campos de conhecimento — Saúde Coletiva e Filosofia; 3. Abordagens filosóficas promissoras ao pensamento em saúde. Para tanto, realizou-se a retomada do tema na literatura, como uma referência inicial do que tem circulado, e observamos algumas abordagens filosóficas que têm comparecido em nossas pesquisas. Tomamos, por matriz de leitura, a noção deleuziana de que ciência, arte e filosofia se articulam na composição de conhecimentos.

Resultados
Notamos a importância de que a Saúde Coletiva estabeleça intercessões com a Filosofia, constituindo diferentes formas de olhar para a complexidade dos acontecimentos relacionados a saúde e doença. Em segundo lugar, importa destacar que há, na literatura, importantes discussões, como por exemplo: vida e morte com abordagem existencialista; cuidados paliativos na atenção básica, relacionados a aspectos éticos; uma releitura do pensamento cartesiano, que pode dar relevo à visão ampliada da saúde. Em terceiro lugar, levantamos aspectos de nossa inserção em pesquisa e formação, ao lançarmos mão de teorias críticas e de filosofias da diferença, que também podem contribuir ao debate aqui ensejado.

Conclusões/Considerações
Entendemos que a Saúde Coletiva jamais pode prescindir do diálogo com as humanidades e, especialmente, com abordagens filosóficas recentes. Há aspectos dessa interface que podem ser tratados com maior profundidade e há perspectivas teóricas que ainda podem contribuir na composição do pensamento crítico na área. Os temas científicos parecem ganhar potência e efetividade, quando combinados com a filosofia.