SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)
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39245 - “LOUCOS OU CORAJOSOS?”: OS DES (ENCONTROS) DA PESQUISA INTERDISCIPLINAR E PARTICIPATIVA NA CONSTRUÇÃO DE COMUNIDADES SAUDÁVEIS EM SALVADOR-BAHIA YEIMI ALEXANDRA ALZATE LOPEZ - ISC UFBA, MARIE AGNÈS ALIAGA - ISC UFBA, LÍVIA ALMEIDA FIGUERÊDO - ISC UFBA, ANDREA LIMA DUARTE COUTINHO - ISC UFBA, IANEI DE OLIVEIRA CARNEIRO - UFBA/FIOCRUZ, HERNÁN DARÍO ARGIBAY - ISC UFBA, RICARDO LUSTOSA - ISC UFBA, FEDERICO COSTA - ISC UFBA, HUSSEIN KHALIL - SWEDISH UNIVERSITY OF AGRICULTURAL SCIENCES (SLU), HAMMED OLADEJI MOGAJI - ISC UFBA
Apresentação/Introdução As desigualdades sociais em saúde e a distribuição desigual de riscos em áreas periféricas das cidades são alguns dos principais desafios da saúde pública. Em cidades como Salvador, uma grande proporção da população enfrenta altas incidências de doenças infecciosas, falta de acesso a serviços básicos como o saneamento, água potável, serviços de saúde, desemprego e violência social.
Objetivos Adotamos uma perspectiva interdisciplinar e participativa para desenhar, implementar e avaliar a efetividade de intervenções em saúde de forma ampla e prevenção de doenças infecciosas, junto a moradores e atores locais de três comunidades de Salvador
Metodologia A pesquisa inclui pesquisadores/as e metodologias de diversas áreas: ecologia, epidemiologia, ciências sociais, entre outras, se defrontando com as dores e as delícias da interdisciplinaridade, vislumbrando a sua potência uma vez (e se) superadas as dissonâncias epistemológicas, linguísticas e de práxis. O projeto também aposta na perspectiva emancipatória da participação comunitária, adotando, muitas vezes a contracorrente, os princípios da Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade (PPBC), e se inspirando no pensamento da educação popular e da decolonialidade.
Resultados Ao discutir a “coragem e a loucura” de adotar a perspectiva participativa num projeto interdisciplinar, apresentam-se as possibilidades e contradições da interação e da tomada de decisão nas fases iniciais da pesquisa, a discussão acerca dos níveis de participação da comunidade em cada fase, apresentando os processos de mobilização, formação de grupos comunitários, principais temas que surgem nos territórios, coletas de dados e os paradoxos na participação, assim como as limitações impostas pela Pandemia do Covid-19.
Conclusões/Considerações Os princípios da pesquisa interdisciplinar e participativa favorecem uma perspectiva critica nas relações de poder entre as áreas e entre universidade/comunidade. Os principais desafios estão relacionados à lidar e superar situações conflitantes, atravessadas pelos diversos processos de subalternidade e subcidadania que favorecem autoritarismos, construídos de forma estrutural e a vida cotidiana nas relações interpessoais dentro e fora da academia.
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