SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)
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39036 - COSMOPOLÍTICAS DO CUIDADO: POTÊNCIAS E LIMITES DA SAÚDE COLETIVA PARA O FIM-DO-MUNDO. JOSÉ MIGUEL NIETO OLIVAR - FSP/USP, JULIA KAORI TOMIMURA - FSP/USP, MARIA FERNANDA PAIVA - FSP/USP, MICHEL DE OLIVEIRA FURQUIM DOS SANTOS - FSP/USP, BARBARA HATZLHOFFER LOURENÇO - FSP/USP, MARILIA LOUVISON - FSP/USP
Apresentação/Introdução Esse relato deriva de um processo de pesquisa coletiva, teórica e empírica, associado com a prática do ensino e com a gestão do Bacharelado em Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Este processo, em diálogos interdisciplinares e hibridizantes, se interroga pelas formas diversas de experimentar o “cuidado” e pelas limitações ontoepistemológicas do campo da Saúde Coletiva para responder ao fim-do-mundo.
Objetivos Analisar equivocações e multiplicidades em torno da noção de “Cuidado” no encontro de saberes e de mundos entre o campo da Saúde Coletiva e socialidades sistematicamente imaginadas/produzidas enquanto marginais, tomando como referência o Antropoceno.
Metodologia Processo coletivo que parte de uma reflexão antropológica sobre “cuidado” provocada pela etnografia com redes sociais “marginalizadas” na Amazônia brasileira. São desenvolvidas pesquisas de graduação e pós com abordagens “qualitativas” no campo da Saúde Coletiva em diversos contextos empíricos. Além disso, é realizada revisão teórica sobre as bases ontoepistemológicas da Saúde Coletiva, em relação com discussões sobre Antropoceno. A pesquisa é revista constantemente desde a experiência docente e da reformulação do PPP do Bacharelado em Saúde Pública (USP). Atualmente desenvolve-se pesquisa guarda-chuva baseada em “Encontros de Saberes” sobre saúde, cuidado e luta
Resultados Evidencia-se uma centralidade importante da noção de “cuidado” para o campo da saúde coletiva, muito associada à concepção e gestão de serviços de saúde institucionalizados e com base numérico-biomédica. Essa noção é um fértil terreno de reflexões e de contribuições com potencial transformador. Contudo, percebe-se a redução do “cuidado” a noções tradicionais e normativas de saúde e à gramática organizacional, institucional e epistémica hegemônica. Por outro lado, evidencia-se a abundância, contundência e importância de saberes e experimentações sociais, excêntricas, de “cuidado” como forma de estar no e de te um mundo.
Conclusões/Considerações Trata-se de um processo de pesquisa e reflexão em pleno processo de desenvolvimento, que indica caminhos para a revisão, reformulação e atualização de princípios ontoepistemológicos da Saúde Coletiva, tomando como base não o campo biomédico e as teorias clássicas sobre estado, ciência e sujeito, mas sabres dispersos e diversos, menores e radicais. Destaca-se perspectivas teóricas do fim-do-mundo, do Antropoceno e da cosmopolítica para a discussão
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