Sessão Assíncrona


SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)

38756 - O “SABER-FAZER” COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO NO COMBATE A PANDEMIA DA COVID-19, NO QUILOMBO DE BOA VISTA, PARÁ
GEÍSA CORDEIRO DOS SANTOS - UFOPA, LÍBIA DANIELE OLIVEIRA JATY - UFOPA, ISABELA GABRIELLE DE SOUSA DOS SANTOS - UFOPA, ANE KAROLINE DA ROCHA FERREIRA GOMES - UFOPA, MATHEUS FELIPE OLIVEIRA DOS SANTOS - UFOPA, RUI MASSATO HARAYAMA - UFOPA


Período de Realização
Ação realizada em março de 2021, durante a pandemia da COVID-19, no Quilombo de Boa Vista, Pará.

Objeto da experiência
Compreender os conhecimentos e uso de plantas medicinais no combate a pandemia da COVID-19.

Objetivos
Relatar o uso do conhecimento prático de plantas medicinais “saber fazer”, como estratégia de tratamento dentro de comunidades quilombolas.

Metodologia
No mês de março de 2021, foram analisados o uso de plantas medicinais para o tratamento dos casos de infecção no Quilombo de Boa Vista, Pará. As conversas entre os moradores da comunidade e as trocas com os moradores das comunidades vizinhas foram fundamentais para obter tais resultados.

Resultados
O uso das plantas medicinais para o cuidado com a saúde é comum entre os quilombolas, e com a chegada de um vírus desconhecido, com os sintomas semelhantes de uma gripe, se viu nas misturas de muitas plantas um aliado. Alho, jambu e limão foram os mais usados. O “saber fazer” não está isolado, é integrado as crenças culturais de um povo e ao acesso aos serviços de saúde. As dificuldades de acesso aos serviços de saúde e a escassez em transportes favorecem o uso das práticas populares de cuidado.

Análise Crítica
Com o início da pandemia em março de 2020 pouco se sabia sobre o novo coronavírus. O contágio dentro das comunidades quilombolas não demorou a chegar. Os primeiros contágios foram aparecendo em decorrência ao grande fluxo de pessoas dentro de Porto Trombetas (PTR). A Comunidade Quilombola Boa Vista localizada à margem direita do Rio Trombetas, fica a 15 minutos de PTR distrito localizado no município de Oriximiná-Pará, onde a maioria dos seus comunitários são empregados.

Conclusões e/ou Recomendações
Conhecer as comunidades tradicionais é entender que esses povos possuem suas peculiaridades e especificidades em saúde, seus saberes e modos de viver interferem diretamente no processo saúde-doença-cura. Esse “saber fazer” está diretamente ligado com uma rede de parentesco e com seus antepassados. Faz-se necessário a integração dos saberes de cuidado com os saberes do sistema convencional de saúde, visto seu uso pelas comunidades tradicionais.