Sessão Assíncrona


SA8.2 - A DIVERSIDADE EPISTEMÓLOGICA NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)

38738 - PESQUISA EM SAÚDE E O DIÁLOGO COM O PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
STEPHANIA MENDES DEMARCHI - UFES, MARIA ANGÉLICA CARVALHO ANDRADE - UFES


Apresentação/Introdução
A originalidade e pertinência da perspectiva teórica arendtiana revela-se claramente em suas críticas e diversos conceitos sobre vários temas contemporâneos. É oportuno ressaltar que esses temas se articulam às questões referentes à saúde, podendo influenciar no modo de cuidar e atender às necessidades de saúde dos sujeitos relativas a melhores condições de saúde e qualidade de vida.

Objetivos
Investigar a utilização do pensamento de Hannah Arendt nas pesquisas em saúde, por meio de revisão integrativa da literatura.

Metodologia
A coleta de dados foi realizada on-line, no período de outubro a dezembro de 2021, nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Bdenf, Pubmed e Scielo. Foram utilizados os seguintes descritores/palavra-chave e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa. “Hannah Arendt”, “ Saúde”, “pesquisa”, “ciências humanas” AND “filosofia”. Os Critérios de inclusão definidos para seleção dos artigos foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol. O recorte temporal estabelecido para o estudo foi o período de 2011 a 2021.

Resultados
Foram analisados 38 artigos, reunidos em cinco categorias temáticas, ou seja, trabalho em saúde, formação em saúde, gestão em saúde, bioética e grupo especifico. Entre os pesquisadores da saúde e por meio da análise das temáticas observou-se a relevância da produção intelectual de Hannah Arendt na saúde. Os artigos tiveram como principais obras de referência dessa autora: Condição humana (76%), Entre passado e o futuro (32%), Sobre a violência (19%), Responsabilidade e Julgamento (19%), Eichmann em Jerusalém (19%), Origem do totalitarismo (14%) e A vida do espirito (14%).

Conclusões/Considerações
A partir das referências encontradas, foi possível perceber que o pensamento de Hannah Arendt nas pesquisas em saúde surge como um campo fértil para refletir sobre a construção de uma saúde mais humanizada, com apoio e incentivo à participação política, onde os diferentes atores envolvidos na produção de saúde têm a possibilidade de buscar, na práxis, uma interação mais ética.