SA8.1 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, SAÚDE MENTAL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS (TODOS OS DIAS)
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44053 - A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO FORMA DE FORTALECIMENTO DA SAÚDE MENTAL COLETIVA. THIAGO ANDRADE DOS SANTOS - UERJ
Período de Realização 04/05/2022 a 01/06/2022, semanalmente às quartas-feiras. O grupo continua existindo.
Objeto da experiência Criação e participação em um grupo de terapia comunitária integrativa para avaliar os laços criados e os aspectos de resiliência dos participantes.
Objetivos Promover uma opção terapêutica para saúde mental frente as dificuldade de acesso e deficiência de pessoal do núcleo de apoio da família na unidade fomentando a criação de laços, aprendizado e resiliência comunitários por meio da escuta ativa e empática entre os participantes.
Metodologia Criação de um grupo com a metodologia da terapia comunitária integrativa desenvolvida pelo psiquiatra Adalberto Barreto. Convite a usuários adscritos ao CMS Salles Netto por redes sociais e pela informação pelos agentes comunitários de saúde. Aplicação e participação nas rodas de TCI. Realização de entrevistas gravadas em vídeo com os participantes sobre sua experiência na atividade.
Resultados Após entrevistas e consultas de pacientes participantes do grupo foi possível observar as novas redes de apoio que surgiram pelo grupo Fala que Sara. Algumas entrevistadas mantêm-se assíduas no grupo e criaram entre si amizades e recursos para além do cuidado com a saúde mental. O espaço para explorar e divulgar seus recursos frente a inquietações de outras pessoas aprimorou a visão que tinham das suas inquietações e de suas vidas, conhecendo e expandindo seu entendimento de resiliência.
Análise Crítica O pouco tempo do grupo é ainda a principal restrição para uma análise aprofundada das redes de apoio criadas. Um certo enrijecimento da metodologia também merece cuidado e observação quando algumas das emoções trazidas demandam um cuidado individualizado no meio do encontro. As informações coletadas dos muitos benefícios da participação no grupo também podem estar exageradas devido ao convite para o grupo ter sido realizado pelo entrevistador e algumas vezes coordenador da roda.
Conclusões e/ou Recomendações Implementar uma roda de TCI, ainda que sem a formação completa como terapeuta comunitário, é uma rica possibilidade de manejar pacientes tidos como difíceis e fornecer não só uma opção terapêutica, mas principalmente colocá-los como protagonistas de suas narrativas e despertar a sensibilidade para a escuta ativa dos problemas até então alheios e recursos para o crescimento e aprendizado da comunidade em que estão inseridos.
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