SA8.1 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, SAÚDE MENTAL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS (TODOS OS DIAS)
|
39430 - CARACTERIZAÇÃO DO USO DAS PICS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA VITÓRIA DA SILVA MARQUES - UFMG, CYNTHIA CAROLINE COSTA CLEMENTE - UFMG, PATRÍCIA PAULA DIAS DE SÁ - UFMG, MERY NATALI SILVA ABREU - UFMG
Apresentação/Introdução PICS são recursos terapêuticos tradicionais que ajudam a prevenir e tratar doenças e agravos de saúde, de modo complementar, pautada na integralidade da assistência. No Brasil são normatizadas 29 práticas, porém, tanto os estudos que identificam o perfil do usuário que utiliza as práticas, quanto, quais os fatores determinantes dessa utilização pela população brasileira, ainda são escassos.
Objetivos Avaliar a prevalência do uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde pela população brasileira e caracterizar seu uso, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada no ano de 2019.
Metodologia Estudo transversal, de base populacional, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 com representatividade nacional. Foram analisadas variáveis sociodemográficas e relacionadas a utilização das PICS. Foi realizada análise descritiva das variáveis estudadas por meio do cálculo das frequências relativas, bem como o teste qui quadrado considerando o nível de significância de 5%. Todas as análises foram realizadas com o uso do programa STATA 14.0 sendo consideradas as ponderações impostas pelo delineamento amostral do estudo.
Resultados A prevalência do uso das PICS no Brasil foi de 5,64%, sendo mais frequente na região Norte (6,82%), seguida da região Sul (6,43%). A região com menor prevalência de utilização das PICS foi a Centro-Oeste (4,61%). Foram fatores associados a uma maior prevalência de utilização das PICS possuir plano de saúde (9,27%), ter 60 anos ou mais (6,7%), ter nível de educação superior (11,6%), avaliar a saúde como ruim ou muito ruim (8,4%), ser da raça/cor indígena (8,5%) e amarela (8,0%), e do gênero feminino (6,95%). A prática utilizada mais frequentemente foi a de plantas medicinais e fitoterapia (56,53%), seguida da acupuntura (27,96%) e homeopatia (17,94%).
Conclusões/Considerações A PNPIC visa aumentar o leque terapêutico disponível para o cuidado. No Brasil há poucos estudos com representatividade nacional abordando essa temática. Os resultados do presente estudo indicam que a utilização das PICS no país é baixa. Conhecer a população que utiliza essa abordagem terapêutica pode contribuir para o fomento.
|