Sessão Assíncrona


SA8.1 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, SAÚDE MENTAL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS (TODOS OS DIAS)

39228 - PSICANÁLISE, EDUCAÇÃO E SAÚDE COLETIVA: CONTRIBUIÇÕES PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA AO ENSINO SUPERIOR
TAÍS BLEICHER - UFSCAR, GLAUCE ALVES RABELLO - UFSCAR, SULYANNE DA SILVA FERREIRA - UFSCAR, SÂMARA GURGEL AGUIAR - UFMG, LUCIANA NOGUEIRA FIORONI - UFSCAR


Apresentação/Introdução
A Saúde Coletiva brasileira passa por contínua construção epistemológica. De suas origens na Medicina Preventiva e na Medicina Social, com passagem pelas Ciências Sociais, seu corpo teórico avança das contribuições de nível macro à compreensão sobre o sujeito. Mais do que isso, para compreendê-lo de maneira integral, passa a se dedicar não só à sua racionalidade, mas, à sua dinâmica inconsciente.

Objetivos
Diante do exposto, busca-se compreender, epistemologicamente, as interfaces entre Psicanálise, Saúde Coletiva e Educação, a partir das contribuições para o campo das políticas públicas de Educação e visando fortalecer uma práxis integral e ampliada.

Metodologia
O Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais de São Carlos tem se dedicado à pesquisa, prática e docência na interface entre Psicanálise, Saúde Coletiva e Educação. Para a construção epistemológica deste trabalho, foram selecionadas duas pesquisas-ações: na primeira, utilizou-se da Metodologia Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil-IRDI e de narrativas de vida na ação educativa de professores de uma creche. Na segunda, foi realizada uma experiência de Plantão Psicanalítico em uma universidade. As análises dos dados se deram a partir da Análise do discurso e com base na teoria psicanalítica, respectivamente.

Resultados
As pesquisas de Saúde Coletiva diferem da lógica prescricional e vertical. Enfatizaram-se os determinantes sociais, a interdisciplinaridade, a transetorialidade, a transversalidade e os deslocamentos subjetivos. A formação consistiu em processo de promoção de saúde, a partir da participação ativa dos sujeitos e da sutileza da relação. Por sua vez, o uso do plantão psicanalítico apontou a necessidade de que sua realização ocorra no contexto de uma Análise Institucional, gerando auto análise e auto gestão na instituição universitária. Compreende-se, portanto, que tanto na Educação em Saúde quanto na assistência e na gestão, a Psicanálise serve à construção das políticas públicas na Educação.

Conclusões/Considerações
A transmissão da teoria psicanalítica no contexto da creche funcionou como reflexão sobre práticas que já eram realizadas. Já a escuta de universitários no plantão psicanalítico apontou para a necessidade de que sua realização ocorra no âmbito da Análise Institucional, gerando auto análise e auto gestão. Compreende-se que tanto na Educação em Saúde quanto na assistência e na gestão, a Psicanálise serve à construção das políticas públicas.