Sessão Assíncrona


SA8.1 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, SAÚDE MENTAL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS (TODOS OS DIAS)

38805 - AUTOESTIMA ENTRE PRATICANTES DE CAPOEIRA DE UM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE DO INTERIOR PAULISTA
JAQUELINE DE OLIVEIRA LIMA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ROSANA SILVA - CENTRO CULTURAL ISÈGUN, RIBEIRÃO PRETO, SP, IFÉ ODARA ALVES MONTEIRO DA SILVA - CENTRO CULTURAL ISÈGUN, RIBEIRÃO PRETO, SP, ANA PAULA RODRIGUES ARCIPRETE - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, JULIANA CRISTINA DOS SANTOS MONTEIRO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Apresentação/Introdução
A capoeira é uma atividade física que promove, entre seus benefícios, o aumento da autoestima e valorização da identidade étnico-raciais. No entanto, pouco se discute sobre a especificidade feminina e de gênero na capoeira, que tem forte presença masculina.

Objetivos
Os objetivos desse estudo foram: descrever o perfil sociodemográfico dos praticantes da capoeira e identificar e comparar o nível de autoestima entre mulheres e homens praticantes da capoeira.

Metodologia
Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo, desenvolvido em um município de grande porte do interior paulista, com aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa. A população foi composta por praticantes de capoeira vinculados ou de grupos derivados do primeiro grupo de capoeira do município. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico e da Escala de Autoestima de Rosenberg, de forma on line, de abril a maio de 2021, e foram analisados por meio do Statistical Package for Social Sciences (SPSS).

Resultados
Participaram do estudo 52 capoeiristas, sendo 73,1% que se identificaram como homens e 26,9% como mulheres. A média de idade foi de 34,6 anos, desvio padrão 11,85 anos, mínimo 18 e máximo 64 anos. Entre os participantes, 53,85% se autodeclararam pretos e 23,08% pardos totalizando 76,93% participantes da raça negra. A maioria dos participantes (61,54%) praticavam capoeira há 11 anos ou mais. A maioria dos participantes, 71,43% das mulheres e 81,58% dos homens, apresentou nível médio de autoestima. Na comparação desses grupos não houve resultado estatisticamente significativo (p = 0,858), ou seja, não houve diferenças na autoestima entre mulheres e homens.

Conclusões/Considerações
Apesar dos achados do estudo, vale destacar que a prática da capoeira, além de proporcionar conhecimentos acerca da cultura afro-brasileira, auxilia no desenvolvimento de sentimentos de pertencimento, autoconfiança e autoestima entre os praticantes. A pandemia da Covid-19 foi uma limitação para a coleta de dados, no entanto, a pesquisa permitiu maior visibilidade, apontando a importância das relações étnico-raciais na área da saúde mental e bem-estar.