SA8.1 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, SAÚDE MENTAL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS (TODOS OS DIAS)
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38609 - QUEM DEVE ATUAR NO CUIDADO COM AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES? CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS VINICIUS PEREIRA DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, MARIA THEREZA ÁVILA DANTAS COELHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, MARIA BEATRIZ BARRETO DO CARMO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Apresentação/Introdução 16 anos depois da publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, as questões que envolvem a atuação profissional no âmbito das Práticas Integrativas ainda permanecem em debate. Algumas dessas práticas são consideradas especialidades de profissões da saúde, outras são manejadas por diferentes ocupações e também existem as que são orientadas por uso tradicional e popular.
Objetivos Objetivou-se identificar e compreender as concepções de estudantes universitários da área da saúde sobre o perfil das pessoas que atuam no cuidado utilizando as Práticas Integrativas e Complementares.
Metodologia Este é um estudo qualitativo. Participaram dele estudantes universitários da área da saúde de uma universidade pública localizada na Bahia. Os dados foram colhidos através de entrevistas semiestruturadas. Na análise, foram consideradas as respostas produzidas com base no roteiro de entrevista previamente definido e as falas que surgiram no contato com o campo, a exemplo das concepções relacionadas com as Práticas Integrativas e Complementares. Adotou-se a técnica de análise de conteúdo, a partir da qual o material foi explorado e a categoria “perfil das pessoas que atuam no cuidado com as Práticas Integrativas” foi produzida. O projeto de pesquisa foi aprovado por um Comitê de Ética.
Resultados Nas falas dos entrevistados, foi mais frequente a ideia de que todos os profissionais de saúde podem trabalhar com as Práticas Integrativas e Complementares. Outras concepções explicitadas foram de que é preciso realizar especialização ou aprofundamento no estudo dessas práticas, sendo profissional da área de saúde ou de outra área, para manejá-las; que a atuação deve ser feita por um profissional interdisciplinar; que qualquer pessoa que saiba manejar as práticas, independente de possuir formação acadêmica/profissional, está autorizada a fazê-lo; e que todos os sujeitos que trabalham em serviços de saúde, mesmo que não envolvidos diretamente com o cuidado, devem conhecer as práticas.
Conclusões/Considerações Os resultados mostram que os participantes acreditam que as Práticas Integrativas e Complementares não estão restritas a uma profissão da saúde ou campo de atuação/área do conhecimento. Essas ideias podem estar relacionadas à abertura desses discentes para saberes tradicionais e equipes de saúde multi-interdisciplinares, considerando a necessidade de transformação do modelo hegemônico de atenção e o debate em curso no campo da saúde coletiva.
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