Sessão Assíncrona


SA7.3 - GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44422 - PLANEJAMENTO E DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO EM SAÚDE NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS DA PRODUÇÃO ENTRE 2011 E 2020
DESIRÉE DOS SANTOS CARVALHO - UFG, ELISABET PEREIRA LELO NASCIMENTO - UFG, VÂNIA MARIA CORRÊA BARTHMANN - UFG, MARIA HELENA PEREIRA LOPES - UFG, JÚLIO CÉSAR DE MORAES - UFG, SILVIA APARECIDA MARIA LUTAIF DOLCI CARMONA - UFG


Apresentação/Introdução
O planejamento e dimensionamento da força de trabalho em saúde (PDFTS) configura um desafio constante na área de gestão do trabalho, mobiliza pesquisas para melhor compreensão do processo de previsão e avaliação do quantitativo e qualitativo de pessoal, sendo uma ferramenta potente para impulsionar à composição de equipes que auxiliem nas transformações necessárias para consolidação do SUS.

Objetivos
Analisar a produção de conhecimento acerca do PDFTS desenvolvida no Brasil, identificando modelos e metodologias que consideram as diretrizes do SUS para a constituição de redes de atenção regionalizadas.


Metodologia
Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, visando responder a seguinte questão: “Quais as metodologias de planejamento e dimensionamento da FTS são desenvolvidas no Brasil?”. Incluiu-se estudos brasileiros e com texto completo em português disponível nas bases de dados CAPES, BVS e Google Acadêmico. As buscas retornaram 48.083 documentos e, após seleção com a estratégia PRISMA, foram incluídos 62 estudos publicados entre 2011 e 2020.


Resultados
A maioria das produções analisadas abordam o PDFTS com análises comparativas entre as necessidades estimadas e a disponibilidade atual, sendo mais frequentes os estudos de apenas uma categoria profissional, com destaque para a enfermagem. Os achados contribuem para provocar o debate sobre a essencialidade da força de trabalho em saúde para a conformação das redes, ao demonstrar que os métodos de cálculo privilegiam o uso de indicadores e parâmetros relacionados a oferta de serviços em estabelecimentos de saúde específicos, especialmente hospitais, não operacionalizando aspectos de regionalização e integração sistêmica da Rede de Atenção à Saúde.


Conclusões/Considerações
Todas as profissões da saúde aparecem nas publicações sobre o PDFTS, entretanto, percebe-se uma lacuna quanto a integração multiprofissional e destaca-se os parâmetros de carga de trabalho, a enfermagem e área hospitalar. É necessário investir em construção de conhecimento e empreender métodos orientados pelas necessidades de saúde da população e cuidado multiprofissional, facilitando a integração sistêmica dos pontos de atenção da RAS.