Sessão Assíncrona


SA7.3 - GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40938 - PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO INSTRUMENTO “HEALTH SAFETY EXECUTIVE MANAGEMENT STANDARDS INDICATOR TOOL” ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA PANDEMIA DO COVID-19, BRASIL
EHIDEE ISABEL GOMEZ LA ROTTA - EBSERH-FIOTEC/UNICAMP, LEIDY JANETH ERAZO CHAVEZ - UGMG, HELENO RODRIGUES CORRÊA-FILHO - UNB, MARIA HELENA POSTAL PAVAN - HC-UNICAMP, ARMINDO AUGUSTO DA NÓBREGA ALBUQUERQUE - FCM-UNICAMP, LETICIA DE CARVALHO - FCM-UNICAMP, DANIELY MIWA HATA SAKAI - FCM-UNICAMP, MARIA RITA DONALISIO - FCM-UNICAMP, HERLING GREGORIO AGUILAR ALONZO - FCM-UNICAMP, LUDMILA MACÊDO NAUD - EBSERH-FIOTEC


Apresentação/Introdução
Para avaliar a percepção dos fatores de risco psicossociais (FRPs) no trabalho, foi criado na Inglaterra o HSE-IT, já validado no Brasil. Este instrumento pressupõe que quando não gerenciados, os PRPs podem afetar a saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho, gerando estresse e doenças, mas devem-se estudar contextos específicos e determinantes, como a crise sanitária causada pelo COVID-19.


Objetivos
Avaliar as propriedades psicométricas do HSE-IT e determinar os fatores psicossociais de estresse entre profissionais da saúde de um Hospital Universitário em tempo de pandemia do COVID-19.


Metodologia
Foi realizado estudo transversal com médicos e enfermeiros de um Hospital Universitário, de 03/2021 a 02/2022. Considerando que o instrumento HSE-IT utilizado contém 35 questões, foram alocados de 5 a 10 participantes por pergunta, calculando-se amostra intencional de 175. A confiabilidade foi aferida pelo coeficiente α-Cr. Para verificar a estrutura do instrumento e a validade do constructo foi usada a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) de primeira e segunda ordem. Como índices de qualidade de ajuste, foram utilizados Bentler Comparative Fit Index (IFI), Bentler Comparative Fit Index (CFI), Bentler-Bonett (NFI) e Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA). Estudo aprovado pelo CEP-Unicamp.

Resultados
Os 115 participantes tinham média de idade (desvio padrão) de 33,5 (±10,1) e 64,3% eram do sexo feminino. Os domínios ‘não ter Autonomia – Controle’ (45,94%) e os ‘relacionamentos no trabalho’ (45,87%) apresentaram escores mais elevados para o desencadeamento de estresse. O coeficiente α-Cr variou de 0,758 (Mudança) até 0,875 (suporte das chefias). Na AFC de primeira ordem (X2= 923,43; gl=539 e p< 0.001) dos 5 índices de adequação três foram satisfatórios RMSEA= 0,080, IFI= 0,835 e CFI 0,831; mas o NFI= 0,685 teve ajuste inaceitável; no AFC de segunda ordem encontramos CFI=0,811, IFI= 0,814, RMSEA= 0,07 e NFI=0,664 Os fatores de carga para cada item ou questão foram superiores a 0.50.

Conclusões/Considerações
O HSE-IT considera as variáveis: ambiente de trabalho e conteúdo do trabalho permitindo identificar o estado atual da organização. Os resultados obtidos neste estudo foram semelhantes aos encontrados no original em inglês e pelo D´Lucca (2015) no Brasil. Além disso, o ajuste dos modelos atingiu valores aceitáveis, como o RMSEA que foi inferior a 0,08. Pelo que podemos inferir com base na escala já que apresenta propriedades psicométricas boas.