SA7.3 - GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39203 - UM OLHAR PARA O PROCESSO DE TRABALHO (PT) DOS AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS (ACE) DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS, BAHIA, BRASIL. GEISEANE LOPES DE GOIS SANTOS - SESAB, JOILDA SILVA NERY - ISC - UFBA, LILIANA SANTOS - ISC - UFBA, AROLDO JOSÉ BORGES CARNEIRO - SMS SALVADOR, DANILO BORGES DA COSTA - ISC - UFBA
Apresentação/Introdução Apesar das normativas ressaltarem a importância do ACE, existem poucas pesquisas sobre seu perfil, identidade, condições de trabalho, PT, formação e qualificação profissional. Este estudo foi fundamentado nas concepções de Mendes Gonçalves que formulou o conceito de processo de trabalho em saúde caracterizando-o socialmente em elementos constitutivos (agentes, objetos, instrumentos e finalidade).
Objetivos Analisar o processo de trabalho dos ACE do município de Cruz das Almas, Bahia, Brasil, descrevendo seu perfil sociodemográfico e laboral, objetos, instrumentos de trabalho e as atividades desenvolvidas.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo analítico, na qual foi realizado um estudo transversal com os ACE da estrutura de vigilância em saúde, em atividade em dezembro de 2020, no município de Cruz das Almas - Bahia. Para a produção de dados, empregou-se um questionário auto aplicado e semiestruturado, elaborado à luz do referencial teórico e político normativo vigente acerca do exercício profissional do ACE. O banco de dados foi estruturado no software Excel Versão 2016 do pacote Microsoft Office Professional Plus 2019 e as variáveis de interesse foram analisadas através do programa estatístico Stata/MP 15.1 for Windows, sendo representados por meio de tabelas e gráficos.
Resultados Predominou faixa etária de 35 a 39 anos, raça cor negra, sexo masculino, ensino médio completo e faixa salarial entre um e dois salários mínimos. Todos em regime estatutário, carga horária 40 horas semanais. Arboviroses foi objeto de trabalho de 100% dos pesquisados. Verificou-se insuficiência em valorização profissional, equipamentos, infraestrutura, qualificação, educação permanente em saúde, integração com outros profissionais e setores e incorporação em planejamento, monitoramento e avaliação de ações, assim como lacunas nas práticas de trabalho integradas, prevenção e controle das zoonoses, comunicação e educação em saúde, vigilância e controle vetorial e mobilização social.
Conclusões/Considerações O estudo evidenciou que as deficiências encontradas na valorização profissional, objeto, instrumentos e nas práticas de trabalho repercutem negativamente em diferentes aspectos do PT desenvolvido pelos ACE. É fundamental haver investimentos, superando os limites apontados, na perspectiva que o fortalecimento do PT dos ACE amplie a resolutividade das ações de vigilância em saúde e controle às doenças de transmissão vetorial no município.
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