Sessão Assíncrona


SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42554 - FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNO MENTAL COMUM ENTRE TRABALHADORES DA SAÚDE DE DIAMANTINA, ESTADO DE MINAS GERAIS
EDUARDA RODRIGUES DE SOUZA SOARES - UFVJM, IGOR LUCAS GERALDO IZALINO DE ALMEIDA - UFVJM, ANA CAROLINA MONTEIRO DUARTE - UFVJM, MARIANA LOPES SIMÕES - UFVJM, DANIELLE SANDRA DA SILVA DE AZEVEDO - UFVJM, MARCUS ALESSANDRO DE ALCANTARA - UFVJM


Apresentação/Introdução
O transtorno mental comum (TMC) é uma condição de saúde que abrange sintomas psicogênicos relacionados à depressão ou ansiedade não diagnosticadas, com o aumento na prevalência de sintomas psíquicos em trabalhadores da atenção básica à saúde evidenciado nos últimos anos surge a necessidade de realizar a identificação de fatores de risco modificáveis em favor desses profissionais.

Objetivos
O presente trabalho objetiva analisar associações entre a prevalência de TMC e fatores de risco individuais em uma amostra de trabalhadores da atenção básica do município de Diamantina, Minas Gerais.

Metodologia
Este trabalho é um estudo observacional de corte transversal baseado em dados sobre saúde e condições de trabalho em trabalhadores da atenção básica de Diamantina-MG, com amostra de 203 trabalhadores de diferentes setores. Os participantes responderam ao Self-Reporting Questionnaire, à Job Stress Scale e a um formulário contendo blocos relacionados a questões sociodemográficas, ocupacionais, hábitos e estilo de vida. Para análise dos dados utilizou-se o software estatístico Stata versão 12.0. A regressão de Poisson com estimativa da variância robusta foi usada como método estatístico multivariado. A multicolinearidade no modelo final foi testada por meio do variance inflation factor (VIF).

Resultados
A amostra final foi composta por 203 trabalhadores, com predominância de ACS (n = 46; 22,7%), agentes de combate a endemias (n = 27; 13,3%), técnicas em enfermagem (n = 23; 11,3%), enfermeiros (n = 13; 6,4%) e auxiliares de limpeza (n = 13; 6,4%). A prevalência geral de TMC foi de 20,2%. As mulheres, mais jovens, com menor escolaridade e renda tiveram maior prevalência de TMC. Observou-se associação estatisticamente significante (p ≤ 0,05) entre esses transtornos e faixa etária jovem, autoavaliação negativa de saúde, qualidade de sono ruim e alta demanda física.

Conclusões/Considerações
Constatou-se que a prevalência de TMC foi maior em trabalhadores mais jovens, com autoavaliação de saúde inferior a boa, qualidade do sono ruim e sobrecarga física. A associação com variáveis do indivíduo e do trabalho mostram que a ocorrência do TMC é complexa e deve ser acompanhada. Na atenção básica há grande sobrecarga de trabalho, um fator de risco para TMC, por isso é importante que os gestores busquem estratégias para reduzir o problema.