42413 - ESTRESSE ENTRE MÉDICOS E PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA PELO SARS-COV-2 LETICIA DE CARVALHO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL, EHIDEÉ GOMEZ LA-ROTTA - UNB-HUB EBSERH-HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS, BRASÍLIA, BRASIL, HELENO RODRIGUES CORRÊA-FILHO - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, BRASIL., LEIDY JANETH ERAZO CHAVEZ - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, MARIA HELENA POSTAL PAVAN - UNB-HUB EBSERH-HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS, BRASÍLIA, BRASIL, ARMINDO AUGUSTO DA NÓBREGA ALBUQUERQUE - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL, DANIELY MIWA HATA SAKAI - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL, MARIA RITA DONALISIO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL, HERLING GREGORIO AGUILAR ALONZO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL
Apresentação/Introdução Na pandemia pelo SARS-CoV-2, os profissionais de saúde foram os mais afetados física e mentalmente, com aumento das queixas de estresse, ansiedade e fadiga. Assim, evidencia-se a importância de se considerar a influência do ambiente laboral dentro deste contexto.
Objetivos Determinar os fatores psicossociais de estresse associados com organização do trabalho durante a pandemia do SARS-COV-2 entre médicos e enfermeiros de Hospital Universitário e sua associação com covariáveis.
Metodologia Trata-se de estudo transversal realizado em Hospital Universitário com médicos e profissionais de enfermagem entre março de 2021 e março de 2022. Foi utilizado um formulário com 35 questões preenchido por 115 participantes, que abordava 7 domínios: demandas, controle, apoio gerencial, apoio dos colegas, relacionamentos, cargo e mudanças. Para a identificação dos fatores psicossociais associados ao estresse, utilizou-se o instrumento HSE’s Management Standards Indicator Tool (HSE-IT), já validado no Brasil em 2019. Foi provada pela CEP/Unicamp parecer No. 542.344 e a análise exploratória de dados foi realizada por meio de medidas resumo.
Resultados Os 115 participantes, sendo 84 médicos e 31 enfermeiros, com idade média (DP) de 33,5 (±10,1), 64,3% sexo feminino e 80% sem filhos. Três domínios apresentaram escores mais elevados para causar estresse: Controle (45,94%), Relacionamentos (45,87%) e Mudança (44,92%); e 61% referem bullying. Dentre as 13 covariáveis externas ao HSE-IT avaliadas, idade e horas trabalhadas por semana (≥48 horas) foram associadas negativamente com múltiplos domínios. Apenas tempo de experiência profissional, mostrou-se um fator protetor quando correlacionado aos domínios Demanda e Controle.
Conclusões/Considerações Notou-se que o baixo controle sobre processo de trabalho (45,94%), relacionamentos frágeis (45,87%) e mudanças profissionais instáveis (44,92%) elevam a presença de estressores. Ademais, atributos externos ao HSE-IT apresentaram maior correlação negativa aos fatores de estresse como horas trabalhadas e perceber-se vulnerável no trabalho.
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