Sessão Assíncrona


SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42237 - AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DO SARSCOV2
DANIELY MIWA HATA SAKAI - UNICAMP, EHIDEE ISABEL GOMEZ LA-ROTTA - UNB-HUB EBSERH-HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS, BRASÍLIA, BRASIL, HELENO RODRIGUES CORRÊA-FILHO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, BRASIL., LEIDY JANETH ERAZO CHAVEZ - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, MARIA HELENA POSTAL PAVAN - UNICAMP, ARMINDO AUGUSTO DA NÓBREGA ALBUQUERQUE - UNICAMP, LETICIA DE CARVALHO - UNICAMP, MARIA RITA DONALISIO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL, HERLING GREGORIO AGUILAR ALONZO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, BRASIL


Apresentação/Introdução
Anualmente, são reportados mais de 3 milhões de acidentes com perfurocortantes entre os profissionais da saúde, sendo que há cerca de 37 milhões desses trabalhadores no mundo. Maiores prevalências têm apresentado relação com maior carga de trabalho e estresse em ambiente profissional, situações fortemente presentes durante a pandemia do SarsCov2.

Objetivos
Avaliar a prevalência de Acidentes com Material Biológico (ATMB) entre profissionais da saúde em tempos de pandemia do SarsCov2 em um Hospital Universitário, Brasil, 2021-2022.

Metodologia
Foi realizado estudo transversal com médicos e enfermeiros de um Hospital Universitário, de 03/2021 a 02/2022. Por meio de formulário autopreenchível foram coletados dados sociodemográficos; área de atuação, organização do trabalho e atendimento suspeitos de COVID19; adesão às precauções padrão; e ter sofrido ATMB o ano anterior, os eventos reportados pelos profissionais que ocorreram na situação de trabalho e envolveram contato com sangue e outros fluidos orgânicos potencialmente contaminados (Sinan, 2007). Realizamos regressão de Poisson para calcular a Razão de Prevalência (RP) de acidentes e avaliar a associação dos ATMB e as covariáveis. Aprovado pelo CEP-Unicamp 4.542.344.

Resultados
A média de idade dos 115 participantes foi de 33,5 (±10,1) anos e 64,3% eram do sexo feminino, 86,1% brancas/amarelas; 56,5% renda familiar superior 5 SM, 73% solteiro/divorciado e 80% sem filhos; 73% eram médicos, 79,1% de áreas clínicas, e 95,7% atenderam suspeitos de COVID-19. A prevalência de ATMB foi de 14,8% (17); entre os acidentados, a média (DP) de acidentes foi de 3,89 (±3,8) variando de 1 a 10 acidentes. A via de exposição mais comum foi a percutânea (86,5%), sendo o principal objeto perfurocortante que causou o acidente a agulha, presente em 64,3% dos casos. Entre os fatores associados encontramos sexo (feminino), serviço (cirúrgico) e adesão as precauções padrão (pouca).

Conclusões/Considerações
A prevalência de ATMB de 14,8% e a média de, aproximadamente, 4 acidentes obtidas no estudo, evidenciam os riscos de contaminação aos quais os trabalhadores da saúde foram expostos durante a pandemia do SarsCov2, além da possibilidade de adoecimento pelo COVID-19. Ademais, a necessidade de maior precaução ao manejar procedimentos com agulha pôde ser visto, já que ocorrência de acidentes com esse material foi prevalente.