SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42202 - ESTIGMATIZAÇÃO DE TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE QUE TESTARAM POSITIVO PARA COVID-19 1. ANDRÉA MARIA ELEUTÉRIO DE BARROS LIMA MARTINS - UNIMONTES, 2. ALVARO PARRELA PÍRIS - UNIMONTES, 3. JOSÉ RONIVON FONSECA - UNIMONTES, 4. ANA CAROLINA DIAS DE OLIVA LESSA - ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE MONTES CLAROS, 5. IVANA APARECIDA MENDES VELOSO - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE MONTES CLAROS, 6. MARA DAISY ALVES RIBEIRO - ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE MONTES CLAROS, 7. SULIENE DE JESUS FERNANDES GONÇALVES - UNIMONTES, LAIANE FERREIRA DA SILVA - UNIMONTES, BRUNA ROBERTA MEIRA RIOS - FASI, TAYNÁ GONÇALVES BARBOSA - UNIMONTES
Apresentação/Introdução Na pandemia da COVID-19, doença de rápida transmissão e elevada repercussão respiratória, os trabalhadores da saúde foram expostos a desafios psicológicos e a cargas físicas extremas. Os que testaram positivo foram potencialmente expostos ao estigma, fenômeno de caráter discriminatório, condicional aos estereótipos socioculturais com implicações psicossociais negativas na vida das pessoas.
Objetivos Avaliar os níveis de estigma social entre trabalhadores de nível superior da Atenção Primária à Saúde de Montes Claros, Minas Gerais, que atuaram na assistência a pessoas que testaram positivo para Covid-19.
Metodologia Estudo de prevalência descritivo. Foram entrevistados profissionais da saúde (n=126) que testaram positivo para covid-19, no município de Montes Claros, no período de março a dezembro de 2020. Avaliou-se condições socio econômica e demográficas. Realizou-se adaptação da escala Explanatory Model Interview Catalogue Community Stigma Scale (EMIC-CSS), para avaliação do nível de estigma relacionado a COVID-19. Os dados foram coletados por meio de entrevistas via telefone utilizando-se o instrumento adaptado, e posteriormente, foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS). O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer nº 4.101.281.
Resultados A média de idade foi 34,7±6,8 anos, a maioria era mulher, tinha companheiro, se autodeclarou de raça/etnia branca e apresentou 20 ou mais anos de escolaridade, com renda percapita média de R$ 3160,9 ± 2064,0. Identificou-se altos níveis de estigma (80,7%). A maior parte era de médicos seguidos por dentistas e enfermeiros. Os aspectos que revelaram a estigmatização com maior prevalência foram: sentir-se envergonhado/constrangido; vizinhos/amigos/colegas de trabalho desvalorizarem a família; sentir que atuar na linha de frente pode trazer problemas sociais; ter dificuldades no relacionamento amoroso; exibir problemas em contatar pessoas na busca dos serviços de saúde; ter perdas financeiras.
Conclusões/Considerações O cenário de pandemia ocasionado pela COVID-19 promoveu a estigmatização dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde. A avaliação dos níveis de estigma entre esses profissionais auxiliou a compreensão das implicações sociais e psicoemocionais na vida das pessoas envolvidas no fenômeno, colaborando no subsídio de estratégias que visem a melhoria da qualidade de vida destes trabalhadores.
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