Sessão Assíncrona


SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41811 - PREVALÊNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO NA ODONTOLOGIA: UM COMPROMISSO COM A PRÁTICA SEGURA NO ENSINO
KARINE THAÍS SECCHI - UFPR, EDUARDO DOS SANTOS ROSSI - UFPR, PRYSCILA SPESIA CAMARGO - UFPR, KARIN REGINA LUHM - UFPR, SOLENA ZIEMER KUSMA - UFPR, DOROTÉIA APARECIDA HÖFELMANN - UFPR, ELIANA REMOR TEIXEIRA - UFPR, GIOVANA DANIELA PECHARKI - UFPR


Apresentação/Introdução
Agentes de transmissão de doenças infectocontagiosas constituem uma ameaça a estudantes de Odontologia, em decorrência dos riscos de envolvimento em acidentes com exposição a material biológico (AEMB). Uma atenção especial à rotina de alunos em formação contribuirá para uma adequada capacitação e desenvolvimento de estratégias de cuidado na prática universitária e profissional.

Objetivos
O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a prevalência de AEMB entre graduandos do curso de Odontologia de uma universidade pública do sul do Brasil, assim como descrever as características dessas ocorrências.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo e transversal. Para a coleta de dados, realizada entre os meses de junho e julho de 2018, utilizou-se um questionário autoexplicativo, aplicado aos acadêmicos de Odontologia, matriculados do primeiro ao último período. O instrumento de pesquisa foi elaborado com base nas informações da ficha de notificação de AEMB do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Prosseguiu-se a análise por meio de estatística descritiva, utilizando-se o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 22.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, mediante CAAE 73143017.3.0000.0102.

Resultados
Quando perguntados se, durante a graduação, já haviam sofrido um ou mais AEMB, 45 (12,7%) alunos responderam de maneira afirmativa, sendo a agulha de anestesia apontada como o instrumento mais envolvido em tais situações (46,7%). Quarenta e dois AEMB (93,3%) ocorreram com mulheres e 44,4% (n=20) afirmaram que não notificaram o AEMB. Quanto à provável causa do AEMB, 33,3% (n=15) atribuíram ao fato de estarem com pressa e 31,1% (n=14) à falta de habilidade. A realização de exames de sangue, no momento zero, foi registrada em apenas 48,8% (n=22) das exposições, sendo que o acompanhamento preconizado foi feito de maneira completa até a alta somente por sete indivíduos.

Conclusões/Considerações
A caracterização do perfil de AEMB é essencial para se estabelecer medidas preventivas, pois permite identificar os sujeitos e as circunstâncias. A subnotificação, a negligência com relação aos riscos e o abandono no seguimento-clínico são desafios a serem enfrentados. É primordial haver responsabilidade conjunta na organização de fluxos e comprometimento dos docentes e acadêmicos no cumprimento de medidas de biossegurança.