SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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41748 - SUCATEAMENTO DE PESSOAS NO CAMPO DO TRABALHO EM SAÚDE MENTAL: VIOLÊNCIA E VIOLAÇÃO AOS TRABALHADORES ÉRICA LOUREDO DO PASSO - UFF, SÔNIA MARIA DANTAS BERGER - UFF
Apresentação/Introdução As violências contra os usuários mobilizaram movimentos de Luta Antimanicomial e Niterói (RJ)ganhou destaque.Entretanto, entre outros limites,a falta de investimentos federais e os vínculos frágeis dos trabalhadores, geraram um “sucateamento de pessoas” que nos fazem interrogar se os avanços da Reforma Psiquiátrica no município incluíram questões relacionadas aos trabalhadores da Saúde Mental.
Objetivos Identificar avanços e retrocessos da Reforma Psiquiátrica, tendo como eixo temático as violações e violências nos processos de trabalho em Saúde Mental, no contexto das lutas e práxis de cuidado dos trabalhadores e militantes da rede de Niterói(RJ).
Metodologia Para embasar nosso conhecimento e instrumentalizar a reflexão recorreremos ao tipo de estudo exploratório de natureza qualitativa, por meio de uma revisão integrativa de literatura, da análise documental e de entrevistas semi-estruturadas. Partimos para a exploração do campo por meio de entrevistas com atores–chave e da análise documental das atas e produções textuais dos coletivos de militância de usuários (AUFA) ,de trabalhadores (Associação da Saúde de Niterói), e de Políticas e Planos Municipais (Fundação Municipal de Saúde). A partir disso,realização de entrevistas semi estruturadas com atores que tenham atuado na rede, na assistência, gestão e/ou militância nos 10 últimos anos.
Resultados Resultados preliminares indicam ser possível identificar que o destaque da militancia sempre esteve na garantia de melhor assistência aos usuários e familiares. A colonialidade do ser-saber-poder se expressa no cotidiano de trabalho da atenção psicossocial do município. Entendendo a imaterialidade do trabalho em Saúde Mental podemos supor que os impactos desse labor intensificado apresenta quadros específicos de comprometimento à saúde. A opressão do Capital incide sobre todos. Se o desemprego representa humilhação e a manutenção do trabalho se impõe como necessidade básica, de forma sutil e peremptória, o trabalhador abre mão da subjetividade e se submete ao poder condicionado.
Conclusões/Considerações A luta antimanicomial, questiona a replicação de autoritarismos, violências e violações. Assim como o SUS e as tecnologias públicas, as pessoas vêm sendo sucateadas. É preciso atentar para a violência do descarte.O que é o trabalho em Saúde mental senão a atenção aos excluídos e não hegemônicos? Os resultados preliminares apontam que a pesquisa pode contribuir para dar visibilidade aos efeitos iatrogênicos e desestruturantes deste sofrimento.
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