SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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41461 - O TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TEMPOS DE COVID-19 MAGDA DUARTE DOS ANJOS SCHERER - UNB, ELAINE CRISTINA NOVATZKI FORTE - UFSC, ERICA LIMA COSTA DE MENEZES - SES/BA, LISE LAMOTHE - UDEM, OLGA MARIA RIBEIRO - ESENF, VANESSA SIT - UDEM, NILIA MARIA DE BRITO LIMA PRADO - UFBA
Apresentação/Introdução A Atenção Primária à Saúde (APS), por sua capilaridade e potencial de produção de formas de cuidar de acordo com as necessidades das pessoas tem sido pautada internacionalmente como uma das principais estratégias para o controle da pandemia da Covid-19. Busca-se conhecer como os trabalhadores da APS lidam com os desafios, o medo, a incerteza, a falta de meios e com o cuidado com a própria saúde.
Objetivos Analisar como os trabalhadores de saúde evocam a sua experiência no trabalho na Atenção Primária à Saúde do Brasil, Canadá e Portugal, durante a pandemia de Covid-19.
Metodologia Pesquisa documental, de abordagem qualitativa, a partir de entrevistas concedidas a jornais de grande circulação nos três países, entre março e dezembro de 2020. A busca foi realizada nos sites dos jornais, sendo 11 no Brasil, 10 em Portugal e 5 no Canadá, com as palavras-chave: atenção primária à saúde, profissionais, covid, pandemia, coronavírus, entrevista, nos idiomas francês e português. As entrevistas foram organizadas em arquivo único de cada país e inseridas no software ATLAS.ti para análise lexical.
Resultados Os resultados foram organizados em categorias: Pessoal/corpo si (Emoções); Organizacional (Organização dos Serviços/Comunicação/Biossegurança); Social (Contexto/Mídias/Políticas). Os trabalhadores foram convocados a desenvolver competências para lidar com a incerteza, a falta de meios, a distância entre as normas prescritas para o trabalho e as exigências do real, para o uso de novas tecnologias e estabelecimento de conexões não restritas aos organogramas existentes. No Brasil, a ausência de coordenação nacional marca descompasso normativo em comparação aos demais; o Canadá optou pelo retorno dos aposentados, para garantir o cuidado e Portugal, a flexibilização das normas para contratação.
Conclusões/Considerações A pandemia colocou em evidência questões éticas do cotidiano do trabalho relacionadas à estruturação, ao acesso aos serviços e às iniquidades em saúde, exigindo estudos que analisem e apoiem estratégias sobre o ‘trabalhar’ e o lugar da APS em situações de crises sanitárias.
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