41192 - LEVANTAMENTO DE FATORES SOCIOECONÔMICOS E EPIDEMIOLÓGICOS ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE DOS TRABALHADORES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ETEL MATIELO - ENSP/ FIOCRUZ BRASÍLIA, ELIZABETH ARTMANN - ENSP/ FIOCRUZ, MAYARA SUELIRTA DA COSTA - FIOCRUZ BRASÍLIA, PATRÍCIA FERRÁS - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Apresentação/Introdução Embora as condições de vida e trabalho sejam fundamentos dos Determinantes Sociais de Saúde, há poucas pesquisas com trabalhadores do serviço público. Nesse contexto, esta pesquisa, com trabalhadores do Ministério da Saúde (MS), pode trazer impacto positivo para os trabalhadores envolvidos, com ações relacionadas à saúde do trabalhador, influenciando a qualidade dos serviços entregues à sociedade.
Objetivos Identificar fatores socioeconômicos e epidemiológicos associados às condições de saúde dos trabalhadores do Ministério da Saúde; descrever variáveis sociodemográficas e epidemiológicas da população de trabalhadores do Ministério da Saúde;
Metodologia Pesquisa observacional do tipo descritivo e transversal, considerando que a exposição (ser trabalhador do MS) e as condições de saúde serão determinadas simultaneamente. Com coleta de dados sociodemográficos, morbidade auto-referida e fatores diversos considerados como passíveis de interferir nas condições laborais. População: trabalhadores ativos (servidores, contratos temporários, DAS sem vínculo, bolsistas de nível superior, contratados por organismo internacional, estagiários de Nível Superior e médio, terceirizados), do MS, de todas as UF. Amostra de conveniência. A pesquisa foi realizada entre julho e outubro de 2021. Foi aprovada na Conep com CAE 43628921.2.0000.0008.
Resultados Participaram 841 trabalhadores, dos quais 68% são mulheres e 32% homens. Sobre a orientação sexual, 91,5% referiram ser heterossexuais. 52,8% são brancos, 35,1% pardos, 8,9% pretos, 2,4% amarelos e 0,8% indígenas. Sobre saúde física 53,9% consideravam-na boa, 19,7% muito boa, 23,9% regular, 2,7% ruim. Em relação à saúde mental 52,1% consideraram boa, 19,3% muito boa, 23,2% regular e 5,5% ruim. 34,6 % dos trabalhadores respondentes referem não ter doenças diagnosticadas. Entre os 65,4% que afirmam ter alguma doença, as referidas são: excesso de peso; depressão, ansiedade, insônia, síndrome do pânico; e doenças osteoarticulares: tendinite, bursite, problemas na coluna vertebral;
Conclusões/Considerações Assim como os demais setores da saúde, são as mulheres, a principal força de trabalho do MS. O levantamento aponta características dos trabalhadores do MS que potencializam o planejamento de ações adaptadas a realidade identificada, como orientação sexual, subsidiando ações de promoção da saúde atualizadas e coerentes. Assim, de forma ampla, todos os trabalhadores serão beneficiados através dos resultados e ações gerados pela pesquisa em questão.
|