Sessão Assíncrona


SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40269 - PREVALÊNCIA DE SATISFAÇÃO DE TRABALHADORES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE
MICHELLE CHANCHETTI SILVA - UNICAMP, CARLOS ALBERTO TREICHEL - UNICAMP, ROSANA TERESA ONOCKO-CAMPOS - UNICAMP, MARIA FERNANDA LIRANI - UNICAMP, SULAMITA GONZAGA SILVA AMORIM - UNICAMP, BRUNO FERRARI EMERICH - UNICAMP, LÍVIA PENTEADO PINHEIRO - UNICAMP, ROSANGELA SANTOS OLIVEIRA - UNICAMP, ELIAS TEIXEIRA DE OLIVEIRA - UNICAMP


Apresentação/Introdução
As pesquisas de implementação são apontadas na literatura internacional como viabilizadoras de políticas e programas de saúde pública. Avaliar aspectos como a satisfação dos trabalhadores em relação aos serviços oferecidos aos usuários, a participação no serviço, às condições de trabalho e o relacionamento no serviço pode contribuir para a qualificação dos serviços e da assistência ofertada.

Objetivos
O objetivo deste estudo foi avaliar a satisfação dos trabalhadores com os serviços da RAPS de um município paulista de médio porte no momento na etapa de pré-implementação.

Metodologia
Este trabalho corresponde ao levantamento de dados da etapa de pré-implementação de uma pesquisa de implementação de dispositivos de integração de rede. Trata-se de um estudo transversal, realizado em 08/2019, que contou com 186 trabalhadores de diferentes categorias das equipes dos seguintes serviços: Caps II, CAPSad, Ambulatório de Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família e NASF. Na coleta de dados, foi utilizado um questionário autoaplicado relacionado ao processo de trabalho em saúde, também sendo aplicada a escala SATIS-BR. As médias utilizadas vão de 01 (muito insatisfeito) a 05 (muito satisfeito). A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico Stata 11.


Resultados
Como resultado, estabeleceu-se as médias relacionadas à satisfação dos trabalhadores do CAPSII, CAPSad, Ambulatório e AB, agrupados nos subitens para cada serviço, respectivamente: satisfação da equipe com relação à qualidade dos serviços oferecidos aos usuários (3,45; 3,66; 2,86; 3,37); satisfação na participação no serviço (3,95;3,59; 2,76; 3,13); satisfação em relação às condições de trabalho (3,09; 3,18; 2,37; 3,26); satisfação da equipe a respeito do seu relacionamento no serviço (3,95; 4,05; 3,61; 3,49) e satisfação global (3,41; 3,55; 2,78, 3,30).


Conclusões/Considerações
Destaca-se que o grau de satisfação dos trabalhadores do ambulatório foi expressivamente menor em todos os subitens avaliados, em comparação aos demais serviços. Os achados podem estar relacionados a características de funcionamento deste serviço, como processo de trabalho individualizado e centrado nas especialidades, fragmentação do cuidado e ausência de articulações de rede, o que aprofunda as dificuldades vivenciadas pelos trabalhadores.