SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
39715 - UM ESTUDO SOBRE TRABALHADORES DA APS NO CONTEXTO PANDÊMICO LETÍCIA BATISTA DA SILVA - EPSJV-FIOCRUZ E UFF, MARIANA LIMA NOGUEIRA - EPSJV-FIOCRUZ, REGIMARINA SOARES REIS - EPSJV-FIOCRUZ, ALDA LACERDA - EPSJV-FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Estamos apresentando resultados parciais, fase quantitativa, do estudo intitulado “Monitoramento da saúde, acesso a EPIs por técnicos de enfermagem, agentes de combate às endemias, enfermeiros, médicos e psicólogos no município do Rio de Janeiro em tempos de Covid-19”. A proposta da pesquisa surgiu da demanda de sindicatos e associações profissionais das categorias envolvidas no estudo.
Objetivos Produzir e ampliar informações acerca do impacto da pandemia por Covid-19 na saúde de trabalhadores da Estratégia Saúde da Família, de Centros de Atenção Psicossocial e de Unidades de Pronto Atendimento municipais do Rio de Janeiro.
Metodologia Foi utilizada amostragem não probabilística, constituindo-se uma amostra por conveniência. 258 profissionais atuantes na ESF, UPAs municipais e CAPS participaram desta fase do estudo. A divulgação da pesquisa aos sujeitos participantes ocorreu por meio dos sindicatos de trabalhadores das categorias profissionais incluídas no estudo que, após assinatura de termo de anuência, fizeram ampla divulgação. A coleta dos dados ocorreu do dia 30 de outubro a 30 de novembro de 2020. O instrumento de coleta de dados consistiu em um formulário digital, autoinstrucional, disponibilizado através de sistema localizado no sítio virtual da pesquisa.
Resultados Trabalhamos com os seguintes eixos de análise, perfil dos trabalhadores, acesso a EPI, processo de trabalho em tempos de Covid-19 e condições de saúde em tempos de Covid-19. Alguns resultados: a maioria das participantes eram mulheres, 77,2%, sobre raça/cor, 51,5% referiram ser pretos/pardos. 63,7% tinha entre 30 e 49 anos. Dentre os profissionais que se sentiam inseguros no manuseio de EPIs, 66% não passaram por formação entre abril e outubro. 83,2% dos participantes realizam visita domiciliar no período. Em relação à autopercepção sobre intensidade do trabalho, o aumento foi reportado por 57,6%. Os participantes identificaram sentimentos que associaram ao sofrimento emocional.
Conclusões/Considerações Houve importantes reconfigurações das práticas associando estratégias de contato remoto (teleconsulta) com visita domiciliar. A atuação em saúde frente à Covid-19 demandou fatores potencialmente estressores, como exposição ao risco de infecção pelo vírus, fadiga física e mental, necessidade do uso contínuo de EPIs e afastamento da família. Outra questão destacada é a fragilidade dos vínculos de trabalho.
|