SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
38529 - A ATUAÇÃO E FORMAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SUS BRUNA GABRIELA MECHI SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP, HELENICE YEMI NAKAMURA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP, CAMILA LIMA NASCIMENTO - GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM FONOAUDIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA DA UNICAMP
Apresentação/Introdução Assumindo a saúde e o trabalho como direito, a atuação dos profissionais da saúde, na àrea da Saúde do Trabalhador (ST) deve ser baseada na relação saúde-doença-trabalho-cuidado se distanciando do tecnicismo. Para que isso aconteça, um dos pontos centrais é a formação na graduação, quando o estudante está construindo o perfil profissional.
Objetivos O estudo tem o objetivo de conhecer o perfil dos fonoaudiólogos no campo da saúde do trabalhador que atuam em CERESTs e relacionar as diretrizes educacionais voltadas à formação profissional que permeiam este campo de atuação profissional.
Metodologia Trata-se de um estudo de natureza quantitativa-qualitativa, aprovado pelo Comitê de Ética. Participaram do estudo fonoaudiólogos com atuação no campo de saúde do trabalhador vinculados aos CERESTs regionais ou estaduais que responderam ao questionário eletrônico enviado pelo Google Forms. e que concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.
Os questionários foram enviados diretamente aos profissionais com os quais o contato foi possível, entre agosto e novembro de 2020 e o link foi enviado via e-mail ou Whatsapp.
Resultados Amostra com 33 fonoaudiólogas de 14 estados, majoritariamente feminina (97%). O tempo de trabalho no CEREST variou de 30 até um ano. O ano de formação mais antigo relatado foi de 1985 e o mais recente 2016. A carga horária média é de 26,5 horas.
Quanto às atividades desenvolvidas, mais de 90% estão envolvidas em reuniões externas, de equipe e em vigilância. As fonoaudiólogas que realizam controle social possuem maior número de formações complementares em ST e têm menor tempo entre conclusão da graduação e o ingresso no CEREST. Todas fonoaudiólogas realizaram alguma formação complementar. Sobre o contato com a ST durante a graduação, 51,5% da amostra referiu não ter tido contato com a área.
Conclusões/Considerações A origem da inserção do fonoaudiólogo na ST foi pela audiologia, na realização de audiometrias. A fim de ampliar a participação na área é preciso compreender o estado atual, atuação profissional, inserção nas equipes e concepção de trabalho. Ainda, a construção da identidade profissional passa pela formação, propõe-se refletir se o contato com ST na graduação garante atuação no SUS de forma ampliada, integrada e de acordo com as legislações vigentes.
|