Sessão Assíncrona


SA7.2 - TRABALHO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38274 - O PROFISSIONAL DA SAÚDE COLETIVA NO MUNDO DO TRABALHO
JUSSARA LISBOA VIANA - FSP/USP, MARCO AKERMAN - FSP/USP


Apresentação/Introdução
Analisar as múltiplas inter-relações entre o bacharel em Saúde Coletiva e o mundo do trabalho foi o objetivo principal da pesquisa de doutorado, desenvolvida entre 2018 e 2022. A prática do profissional da Saúde Coletiva é analisada a partir da experiência de bacharéis em Saúde Coletiva, a uma ênfase no enfrentamento a pandemia de Covid-19.

Objetivos
a) produzir uma sistematização da rotina de trabalho de um bacharel em Saúde Coletiva; b) analisar a prática dos bacharéis no enfrentamento a Covid-19.

Metodologia
268 horas de observação participante no local de trabalho de um bacharel em Saúde Coletiva, em uma Secretaria Estadual de Saúde, em 2019. 12 experiências de bacharéis no enfrentamento da pandemia, disponíveis em plataformas digitais foram analisadas. E outras 17 também, desta vez, a partir de entrevistas individuais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas da FSP/USP, São Paulo, em 23 de agosto de 2019, CAAE 17825219.4.0000.5421, e financiada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior – (CAPES) – Código de Financiamento 001.

Resultados
Um sanitarista conciliou o trabalho e a paternidade, o trabalho ininterrupto e a vida familiar caminharam junto; executar atividades que são diferentes do aprendido na graduação, como o planejamento normativo, e de não ter tempo para acompanhar o crescimento de sua filha foram apontadas como frustrações do profissional. Ainda mais, três categorias: a) as práticas no trabalho que reforçaram o uso de saberes e práticas da Saúde Coletiva; b) os desafios para enfrentar a pandemia que eram de ordem política, econômica e social; c) os sentimentos que afloram no mundo do trabalho, os que causaram sofrimento mental e os que motivaram.

Conclusões/Considerações
A atuação do sanitarista é influenciada por elementos contextuais – são relações de poder, a condução da política de saúde, o interesse do gestor, a disponibilidade de recursos financeiros, a situação econômica, as disputas políticas, os fatores sociais, a situação sanitária e as relações trabalhistas.