43831 - PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DE SAÚDE DOS FUMICULTORES DE UM MUNICÍPIO DO EXTREMO SUL CATARINENSE RAFAELA MACIEL VICENTE - UNESC, FABIANE FERRAZ - UNESC, CLEIDIANE APARECIDA DE QUADRA - UNESC, GABRIELA MINHOS DOS SANTOS ALDROVANDI - UNESC, CARINE DOS SANTOS CARDOSO - UNESC, MARIA EDUARDA OLIVEIRA LEAL - UNESC, DIOGO DOMINGUINI - UNESC, JOSÉ OTÁVIO FELTRIN - UNESC, JACKS SORATTO - UNESC
Apresentação/Introdução O Brasil é um grande exportador de fumo, sendo a maior produção localizada no sul do País. A produção de fumo usa mão de obra familiar e expõe o produtor a diversos riscos como: intoxicações por agrotóxicos, doença da folha verde do tabaco, posturas forçadas, movimentos repetitivos, exposição ao clima, além da longa exposição a nicotina do tabaco que causa danos à saúde do trabalhador.
Objetivos Descrever o perfil sociodemográfico e de saúde dos fumicultores de um município do Extremo Sul Catarinense.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, realizada após a aprovação do projeto em dezembro de 2021, junto ao Comitê de Ética sob parecer n. 5.172.212, com 154 fumicultores de São João do Sul/SC. A coleta de dados ocorreu de jan-fev/2022. O instrumento de coleta foi um questionário estruturado com 41 questões, aplicado in loco, em visita as propriedades dos fumicultores, tomando todas as medidas de biossegurança em relação a pandemia de Covid-19. Para organização dos dados coletados, foi utilizado o Software Microsoft Excel® 2016, e após realizado análise estatística no SPSS Statistics Base 22.0, os resultados estão apresentados em frequência absoluta e relativa.
Resultados Os participantes 69,5% sexo masculino, 82,5% casados e idade de 41-50 anos, 88,3% brancos, 42,2% fundamental incompleto. 72,7% plantam fumo >20 anos. Para a colheita do fumo molhado os EPIs mais utilizados: 83,8% camiseta manga longa, 88,3% calça, 77,3% camisa/calça impermeável, 94,8% luvas e 89,0% botas. Para manuseio com agrotóxicos 98,1% utilizam EPIs: 80,8% máscara, 89,4% camisa/calça impermeável, 90,1% luvas e 87,4% botas. A maioria já recebeu alguma orientação sobre agrotóxicos e EPIs, porém 33,8% já sofreu intoxicações por agrotóxicos. Problemas de saúde mais relatados: sinusite, alergia e rinite. Após o dia de trabalho 34,3% sentem náuseas, 57,8% dor de cabeça e 24,7% dor no corpo.
Conclusões/Considerações Conclui-se que os fumicultores estão expostos a muitos riscos ocupacionais, comprometendo a saúde, acometidos por doenças agudas/crônicas, intoxicação por agrotóxicos e nicotina. Os produtores fazem uso parcial dos EPIs, apesar de receberem orientações da empresa fumageira. Ressalta-se a importância de orientações sobre ações de educação em saúde sobre os maleficio do uso incorreto do EPI e fortalecimentos das políticas públicas a esse respeito.
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