SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
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43796 - TRANSTORNOS DEPRESSIVOS RELACIONADOS AO TRABALHO NOTIFICADOS NO BRASIL, DE 2010 A 2019 GABRIELA OLIVEIRA MOREIRA - UNIFACS, ANA LUCIA PEREIRA DO VALE COELHO - UNIFACS, CATHARINA CHAUI VILARES LANDULFO - UNIFACS, GABRIELA SODRÉ DE JESUS - UNIFACS, MARIA CLARA ALMEIDA LEAL - UNIFACS, ADRYANNA CARDIM DE ALMEIDA - UNIFACS
Apresentação/Introdução Os transtornos depressivos constituem importante causa de afastamento do trabalho no Brasil, sendo considerados um problema de saúde pública no país e um agravo de notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Estão entre as principais causas de perdas de dias no trabalho onde liderarão o grupo de doenças não transmissíveis nos próximos anos.
Objetivos Avaliar o perfil dos transtornos depressivos relacionados ao trabalho no Brasil notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de 2010 a 2019.
Metodologia Estudo descritivo, como base nas notificações dos transtornos depressivos (TD) em trabalhadores residentes no Brasil, de 2010 a 2019. Foram caracterizados como TD, os episódios depressivos (F32) e os transtornos depressivos recorrentes (F33). As variáveis analisadas foram agrupadas em sociodemográficas, ocupacionais, clínicas, condutas gerais adotadas no ambiente de trabalho e Regiões do país. Os parâmetros para avaliar o preenchimento das variáveis obrigatórias, essenciais, campos ignorados e em branco foram estabelecidos com base no Sinan NET para análise da qualidade da base de dados e cálculo de indicadores epidemiológicos. Utilizaram-se medidas de frequência para análise dos dados.
Resultados Foram analisadas 2.722 notificações de transtornos depressivos relacionados ao trabalho. Entre o período de 2010 a 2019, o ano com maior número de notificações com afastamento por transtornos depressivos foi 2017 (16,9%). Os transtornos predominaram em mulheres (69,1%), na raça/cor branca (44,9%), entre 8 a 10 anos de estudo (39,9%), na ocupação de serviços e vendedores do comércio (15%). A Região Sudeste apresentou o maior percentual de casos notificados (46,6%). A maioria dos casos evoluiu para incapacidade temporária (64,5%) e (8,6%) foram encaminhado para acompanhamento a algum serviço de saúde mental; 41,5% dos casos notificados ficaram sem preenchimento com relação ao acompanhamento.
Conclusões/Considerações O perfil dos casos de TD relacionados ao trabalho no Brasil demonstrou a existência de variáveis preenchidas como ignoradas e em branco, o que repercute na qualidade dos mesmos, colocando em risco a avaliação das informações, favorecendo uma realidade epidemiológica distorcida dos agravos no país, com impacto nas políticas públicas, que podem ser adotadas de forma equivocada em razão dos dados incompletos.
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