SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
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43633 - DETERMINANTES DE IDEAÇÃO SUICIDA: REVISÃO DE LITERATURA COM FOCO NA ANÁLISE DE GÊNERO, FAIXA ETÁRIA E CONDIÇÕES DE TRABALHO NATÁLIA DO CARMO ARAÚJO - UEFS, TARCISO DE FIGUEIREDO PALMA - UEFS, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, JULES RAMON BRITO TEIXEIRA - UEFS, ARIANE CEDRAZ MORAIS - UEFS, MACIEL ALVES DE MOURA - UEFS, PALOMA DE SOUSA PINHO FREITAS - UEFS
Apresentação/Introdução O suicídio é um fenômeno desafiador, complexo e igualmente trágico. É a 2ª causa de morte em adultos jovens e uma das quinze principais no mundo. Sua tendência crescente evidencia a urgência de ações preventivas. Esforços para conhecer seus determinantes são cruciais à essas ações. A ideação suicida é um marcador de risco de suicídio. Compreender esse evento pode ser útil no seu enfrentamento.
Objetivos Identificar os fatores determinantes de ideação suicida (IS), registrados nas publicações mundiais, com foco nos diferenciais de gênero, faixa etária e condições de trabalho, como pilares à proposição de um modelo teórico-conceitual compreensivo.
Metodologia
Revisão sistemática da literatura mundial focalizou os fatores associados à ideação suicida. A revisão foi cadastrada na plataforma PROSPERO (CRD42022328542), sendo. norteada pela pergunta: “Quais os fatores associados à ideação suicida”? ”. Foram cumpridas as etapas metodológicas, do PRISMA: (a) uso de termos do DeCS/MeSH: ideação suicida (português/ inglês), nas bases: Science Direct, Pubmed, Scielo, Cochrane e BVS; (b) publicações dos últimos 5 anos (2017-21); incluindo análise de indicadores de qualidade da evidência. Foram; excluídas revisões narrativas, teses e dissertações; (c) Conduziu-se as análises de conteúdo, e; (d) elaborou-se modelo teórico-explicativo, como um de seus resultados.
Resultados Foram analisadas 213 publicações, organizadas em cinco eixos temáticos, que focaram a IS e os seguintes aspectos: faixa etária; gênero; condições socioeconômicas; trabalho; saúde física e mental. Ganharam destaque: ser jovem (adolescentes e adultos jovens) com tendência crescente, simultaneamente à manutenção dos números em idosos; a IS é maior entre as mulheres, embora os homens se matem mais. As taxas em populações LGBT ganham relevo, bem como as de, minorias étnicas em países ricos. A organização do trabalho no modelo produtivo vigente tem papel destacado na determinação da IS. Transtornos mentais são sintomas proximais da IS. Um modelo teórico foi estabelecido ancorado nesses resultados.
Conclusões/Considerações Observou-se elevação na frequência de IS; alguns grupos mostram-se mais vulnerabilizados. Fatores socioeconômicos, de gênero, as dinâmicas etárias e os estressores ocupacionais, figuram fortemente associados a IS. A identificação de fatores associados a IS, de sua distribuição em diferentes grupos sociais, pode contribuir não apenas à compreensão dos mecanismos que produzem esse evento, mas pode ajudar na interrupção da cadeia que leva ao suicídio.
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