Sessão Assíncrona


SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)

43305 - SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA (STT) NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MATRICIAMENTO
KARINE DE OLIVEIRA SILVA - UNICAMP, MARCIA BANDINI - UNICAMP, SÉRGIO ROBERTO DE LUCCA - UNICAMP, PAULO VICENTE BONILHA ALMEIDA - UNICAMP, VICTOR DA SILVA MUSA - UNICAMP, JUAN MARTIN SASSERON - UNICAMP, ALYNE DALTRI LAZZARINI CURY - UNICAMP, LARISSA GARCIA DE PAIVA - UNICAMP, MARÍLIA MIQUELÃO GARCIA - UNICAMP


Período de Realização
Maio de 2021 a Maio de 2022.

Objeto da experiência
A participação da Medicina do Trabalho (MT) no NASF de 7 equipes de Saúde da Família (eSF) do Distrito Norte de Campinas (DNC).

Objetivos
Evidenciar através de caderno de campo (CC) o apoio da MT às eSF abrangidas pelo NASF na atenção à STT;
Conhecer a experiência de residentes da MT no NASF;
Avaliar a percepção do NASF sobre a inclusão da MT em discussões para clínica ampliada.



Metodologia
Estudo qualitativo, mediante análise de CC e entrevistas em profundidade (EP) com residentes de MT/Unicamp e profissionais que compõem o NASF/DNC, após um ano de experiência de inter-relação. Encontros, em média, quinzenais no Centro de Saúde Rosália, foram registrados em CC, e, suas descrições, categorizadas por temas, se houvesse relação com o trabalho. As EP foram sobre o aprendizado das residentes e a contribuição da MT no NASF, na perspectiva dos demais profissionais.

Resultados
Os encontros, ou seja, discussões de casos atendidos por eSF mostraram metade deles envolvendo temas do mundo do trabalho: trabalhador com deficiência, benefícios do INSS, saúde mental e trabalho, capacitação e desemprego. As residentes destacaram: “troca de experiências”, “abordagem multiprofissional”, “atenção integral à saúde” e “determinantes sociais da saúde”. Os profissionais do NASF relataram: “potencial inexplorado”, “capacitação”, “menos dúvidas” e “menos encaminhamentos para o CEREST”.

Análise Crítica
Ainda que o MT possa integrar um NASF, o estudo não identificou experiências similares no país. Bem como, as competências em STT desenvolvidas nas eSF estão aquém das necessidades dos usuários do Sistema Único de Saúde. Casos de trabalhadores que exigem uma atenção especializada estão cada vez mais frequentes na APS (Atenção Primária à Saúde), frente às repercussões das constantes transformações no mundo do trabalho.

Conclusões e/ou Recomendações
O apoio matricial contribui para a educação continuada dos profissionais envolvidos e aprimora o atendimento aos trabalhadores/as assistidos/as pela APS. A participação do MT no NASF pode qualificar a atenção à STT, reduzindo a demanda de encaminhamentos para os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Assim como, a participação do MT nas reuniões das eSF poderá estimular as competências em STT do Médico de Família e Comunidade.