Sessão Assíncrona


SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)

42046 - TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO EM GESTANTES DO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 2010 E 2021
GIOVANNA CARVALHO CORRÊA - SÃO LEOPOLDO MANDIC ARARAS, LISIE TOCCI JUSTO - SÃO LEOPOLDO MANDIC ARARAS, IAGO GRAVINEZ GUIRRO - SÃO LEOPOLDO MANDIC ARARAS, MARIA EDUARDA BERNARDINETTI - SÃO LEOPOLDO MANDIC ARARAS, ANA CLAUDIA APARECIDA TEIXEIRA - SÃO LEOPOLDO MANDIC ARARAS


Apresentação/Introdução
Com os avanços no mercado de trabalho no século XXI passou a se exigir ainda mais da trabalhadora. Quando estão grávidas as alterações emocionais estão presentes e podem ser intensificadas por um ambiente laboral estressante. Entretanto, poucos estudos sobre estresse no trabalho em relação à gravidez foram realizados.

Objetivos
Desta forma, o objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológicos de gestantes, maiores de 18 anos, que apresentaram transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT).

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e exploratório com banco de dados secundários do SINAN, nos períodos de 2010 a 2021, no Estado de São Paulo. Foram considerados casos toda gestante em sofrimento emocional em suas diversas formas de manifestação que podem indicar o desenvolvimento ou agravo de transtornos mentais (CID – 10 F00 a F99; Y90 e Y91; Z73.0 R40 a R46; Z55 a Z65; Y96; e, X60 a X84), os quais tem como elementos causais fatores de risco relacionados ao trabalho, sejam resultantes da sua organização e gestão ou por exposição a determinados agentes tóxicos. Para a análise estatística descritiva utilizou-se o software SPSS versão 22.

Resultados
Foram notificadas 103 gestantes com TMRT sendo a maioria em 2015 (22,3%), com idade média de 30,85 (±9,5 anos), de raça branca (50,5%), com ensino médio completo (38,8%), estando no segundo trimestre da gestação (41,7%). Elas trabalhavam em regime celetista (78,6%), cujo empregador não era de empresa terceirizada (78,6%). Em relação ao diagnostico especifico, os transtornos neuróticos relacionados ao stress prevaleceram (36,8%); e, quanto aos hábitos de vida não usavam tabaco (62,1%), álcool (65%), drogas (55,3%) ou psicofármacos (53,4%).

Conclusões/Considerações
Desta forma, conclui-se que apesar dos hábitos de vida não serem deletérios a maioria das gestantes, a presença do clima organizacional estressantes no período perinatal pode afetar precocemente a relação mãe-filho, impactando no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança.