41627 - Fatores de risco para desenvolvimento de Transtornos Mentais Comuns (TMC) entre trabalhadores da saúde de Diamantina STEFÂNIA GUIMARÃES NERY - UFVJM, IGOR LUCAS GERALDO IZALINO DE ALMEIDA - UFVJM, ANA CAROLINA MONTEIRO DUARTE - UFVJM, MARIANA LOPES SIMÕES - UFVJM, DANIELLE SANDRA DA SILVA DE AZEVEDO - UFVJM, MARCUS ALESSANDRO DE ALCANTARA - UFVJM
Apresentação/Introdução É indubitável que o Transtorno Mental Comum (TMC) atinge pessoas de variadas profissões, sobretudo, da área da saúde levando a insônia, ansiedade, desgaste físico e mental, etc. Tal condição está relacionada a baixos salários, condições precárias de trabalho, falta de assistência e de autonomia. Nessa perspectiva, fatores de risco modificáveis devem ser analisados, a fim de cessar essa questão.
Objetivos Analisar os casos de transtornos mentais comuns entre trabalhadores da área da saúde, assim como seus fatores de risco e consequências associadas a essa problemática em Diamantina, Minas Gerais, com o intuito de reduzir os casos nesses profissionais.
Metodologia O estudo foi feito com 203 trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, que assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Além disso, a equipe de entrevistadores realizou treinamento para estabelecer linguagem e abordagem similiar entre todos os participantes. A pesquisa evolveu perguntas relacionadas a presença de depressão, fadiga, ansiedade, insônia, cansaço mental e físico nos participantes, entre outros. Foi estabelecido um agrupamento das variáveis analisadas em três blocos: informações sociodemográficas, condições de saúde e condições de trabalho. Por fim, para a análise dos dados utilizou-se o software estatístico Stata versão 12.0.
Resultados A amostra final teve 203 trabalhadores, incluindo ACS, enfermeiros, médicos, dentistas, fisioterapeutas, etc. A prevalência de TMC foi de 20,2%, sendo a maioria mulheres, mais jovens, com menor escolaridade e renda. Além disso, a maior parte dos trabalhadores tinha apenas nível fundamental de escolaridade, com renda mensal menor ou igual a três salários mínimos. A autoavaliação de saúde em geral foi avaliada como inferior a boa (28,6%), cerca de 32% não praticava atividades de lazer e 27,6% relataram uma qualidade de sono muito ruim ou ruim no último mês. Por fim, quase metade trabalhava sob alta demanda física e o ambiente de trabalho foi considerado inadequado por 39,9% dos trabalhadores.
Conclusões/Considerações Conclui-se que a ocorrência de TMC foi maior em profissionais mais jovens, com autoavaliação de saúde inferior a boa. Tal fato está relacionado ao crescimento constante de indivíduos atendidos na atenção básica, acompanhado de profissionais insuficientes para atender essa população, gerando sobrecarga de trabalho, fator de risco para TMC. Portanto, gestores devem criar políticas democráticas de valorização do trabalhador e reorganizar tarefas.
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