SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
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41138 - ESTILO DE VIDA E TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR (TDM) EM TRABALHADORES BRASILEIROS, PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS, 2019) LINDINÊS DE JESUS SOUSA - UFBA-IMS, DANIELE SOUSA PORTELA - UFBA-IMS, VANESSA MORAES BEZERRA - UFBA-IMS
Apresentação/Introdução Prevalente no Brasil, o transtorno depressivo maior (TDM) é caracterizado pela presença notável de estado depressivo e/ou perda de interesse ou prazer em atividades diárias, por um período de 2 semanas. O TDM é um transtorno mental incapacitante que, associado a aspectos comportamentais, pode ou não interferir na capacidade laboral, bem como sofrer influência de fatores ocupacionais.
Objetivos Descrever a prevalência de TDM entre os trabalhadores formais brasileiros; e verificar as possíveis associações entre indicadores de estilo de vida e TDM.
Metodologia Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019. A amostra foi composta por 19.910 trabalhadores formais, de 18 a 59 anos, 55,7% do sexo masculino e 44,3% do sexo feminino. Foram classificados com TDM aqueles que pontuaram 10 ou mais no Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Variáveis de estilo de vida foram consideradas como explicativas principais: tabagismo; inatividade física; dieta inadequada e consumo abusivo de álcool. Empregou-se análise descritiva por meio da modalidade survey. Foi realizada análise multivariada por regressão de Poisson, em modelos diferentes de ajustes por variáveis sociodemográficas e ocupacionais, sendo significativo p-valor ≤ 0,05.
Resultados A prevalência de TDM foi de 7,7% (IC95% 6,98-8,35) na população total, sendo 12,1% no sexo feminino e 4,1% no sexo masculino (p<0,001). No sexo feminino, observaram-se associações com a TDM: o consumo alcoólico abusivo (RP=1,49) e a coexistência de 2 (RP=1,46) ou ≥ 3 hábitos alimentares não saudáveis (RP=2,01). No sexo masculino, associaram-se ao TDM a inatividade física (RP=1,80) e a coexistência ≥ 3 hábitos alimentares não saudáveis (RP=1,86). Com relação ao somatório dos comportamentos de risco, associaram-se ao TDM, para o sexo feminino, a combinação de 3 comportamentos de risco (RP=1,51) ou ≥ 4 comportamentos (RP=1,88); e para o sexo masculino ≥ 4 ou mais comportamentos (RP=2,50).
Conclusões/Considerações Percebeu-se com o estudo que a prevalência de TDM foi maior entre trabalhadores do sexo feminino e teve associação com indicadores de estilo de vida, a depender do sexo. Por se tratar de uma população dificilmente rastreada devido às barreiras de acesso às ações e serviços primários de saúde, tal trabalho se mostra de extrema importância para o desenvolvimento de estratégias de cuidado integral que considerem as especificidades em saúde desse grupo.
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