SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
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41112 - PREVALÊNCIA DE EXPOSIÇÃO AUTORRELATADA AO RUÍDO NO TRABALHO, DE ACORDO COM AS GRANDES REGIÕES DO BRASIL PRISCILA SILVIA NUNES SOUZA - UFMG, ADA ÁVILA ASSUNÇÃO - UFMG, MERY NATALI SILVA ABREU - UFMG
Apresentação/Introdução O ruído ocupa o terceiro lugar no ranking dos riscos ocupacionais que mais acarretam anos vividos com incapacidade. Os efeitos auditivos e não auditivos estão bem documentados na literatura. Informações sobre a exposição ocupacional ainda são escassas, quando encontradas, referem-se a estudos transversais em amostras de trabalhadores formais inseridos em setores específicos da produção.
Objetivos Descrever a prevalência de exposição ocupacional autorrelatada ao ruído em uma amostra de adultos brasileiros, em 2019, de acordo com as características sociodemográficas e regionais.
Metodologia Trata-se de estudo transversal, de base populacional, no qual foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. A variável desfecho é composta por brasileiros com idade de 18 anos ou mais que informaram exposição ao ruído no ambiente de trabalho. Foram analisadas variáveis individuais sociodemográficas e regionais. Na análise descritiva das variáveis de interesse foram calculadas as frequências relativas. O programa STATA 14.0 foi utilizado em todas as análises, tendo sido consideradas as ponderações impostas pelo delineamento amostral do estudo.
Resultados A prevalência de exposição autorrelatada ao ruído ocupacional no Brasil foi de 25,5%. Maior percentual de exposição foi observadas nos residentes na região urbana (26,4%), homens (32,8%), com idade entre 30 e 39 anos (28,1%), raça/cor preta (26,8%), ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto (30,7%). A menor prevalência foi 21,1% na região Norte e a maior 28,0% na região Sul. Os indivíduos mais e menos expostos foram os homens residentes na região Sul (36,4%) e as mulheres residentes na região Norte (12,3%), respectivamente. Observou-se maior exposição entre os residentes no Sul rural (29,8%) e menor exposição entre no Norte rural do país (13,6%).
Conclusões/Considerações A escassez de conhecimento é uma barreira para o planejamento e monitoramento das políticas públicas em saúde, além de prejudicar o desenvolvimento de ações de promoção da saúde dos trabalhadores. Nesse contexto, as perspectivas atuais e mais abrangentes certamente acompanhariam o fomento a legislações, políticas e programas focados na exposição ao ruído ocupacional.
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