SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
|
40474 - FATORES ASSOCIADOS AO NÃO USO DOS SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ENTRE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS DESIRÉE SANT ANA HAIKAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, ROSÂNGELA RAMOS VELOSO SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, ROSE ELIZABETH CABRAL BARBOSA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, NAYRA SUZE SOUZA E SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, ANDRÉ WILSON AGUIAR SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, DANIELLE FERREIRA ROCHA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, ELLEN NAYANE SILVA RIBEIRO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, JÚLIA SAPUCAIA GUMES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, LUANA LEHMANN BORGES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES, ALFREDO MAURÍCIO BATISTA DE PAULA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
Apresentação/Introdução A pandemia da COVID-19 causou danos ao sistema educacional. Os professores, em particular, enfrentaram vários tipos de problemas financeiros, físicos, mentais e mudanças significativas na forma de ensino. Estudos sobre a procura ou não dos serviços odontológicos nesse período podem indicar a percepção do indivíduo quanto à necessidade e relevância de buscar atendimento em tais serviços.
Objetivos Este estudo teve por objetivo conhecer a prevalência e analisar fatores associados ao não uso dos serviços odontológicos durante a pandemia da COVID-19 entre professores da educação básica pública do estado de Minas Gerais.
Metodologia Estudo epidemiológico transversal do tipo websurvey que analisou respostas aos formulários eletrônicos enviados aos professores da educação básica de todas as escolas estaduais de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu entre 26 de outubro e 31 de dezembro de 2021 e contou com o apoio da Secretaria de Estado de Educação. A variável independente foi o uso dos serviços odontológicos durante a pandemia. As variáveis independentes foram reorganizadas em grupos conforme o modelo teórico de ANDERSEN & DAVIDSON (Variáveis exógenas; Características Pessoais; Comportamentos em saúde; Desfechos em saúde). Foram ajustados modelos de Regressão Logística Binária (α≤0,05). (CEP/Unimontes n° 4.964.125/21).
Resultados Participaram do estudo 1907 professores, sendo 77% do sexo feminino, 61,5% com idade entre 40-59 anos e 61% relataram união estavel. Observou-se que 15% não usaram os serviços odontológicos durante a pandemia e 26,7% relataram dor nesse período. Dentre os que relataram dor, 18,3% ainda assim não usaram os serviços odontológicos. No modelo final ajustado, o não uso dos serviços odontológicos durante a pandemia foi maior entre homens (OR=1,7), com padrão alimentar menos saudável (OR=1,6), com autopercepção da saúde bucal ruim/péssima (OR=5,9), com maior percepção de necessidade de tratamento odontológico (OR=2,3) e menor entre os que relataram dor (OR=0,6).
Conclusões/Considerações A maioria dos professores da educação básica pública do estado de Minas Gerais usou os serviços odontológicos durante o período de pandemia. Dentre aqueles que não usaram serviços odontológicos, observou-se predomínio de condições negativas frente à saúde bucal. Evidenciou-se iniquidade no uso de tais serviços, sugerindo necessidade de aprimoramento de políticas que priorizem grupos com maiores dificuldades na utilização destes serviços.
|