Sessão Assíncrona


SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)

40342 - PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ESCOLAS ESTADUAIS DE MINAS GERAIS
ROSE ELIZABETH CABRAL BARBOSA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, GIOVANNI CAMPOS FONSECA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, NAYRA SUZE SOUZA E SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, ANA CLARA SOARES BICALHO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, KAMILA TELES SOARES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, MARISE FAGUNDES SILVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, LUCINÉIA DE PINHO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, ROSÂNGELA RAMOS VELOSO SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, ADA ÁVILA ASSUNÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DESIRÉE SANT’ANA HAIKAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS


Apresentação/Introdução
Transtornos mentais comuns (TMC) caracterizam-se pela presença de sintomas como esquecimento, irritabilidade, insônia e dificuldade de concentração. Incapacidade funcional significativa é uma consequência provável. A literatura indica elevada prevalência de TMC entre professores e os fatores associados compreendem características individuais e aspectos referentes às condições de trabalho.

Objetivos
O objetivo foi avaliar a associação entre a prevalência de transtornos mentais comuns, características individuais e ocupacionais de professores da educação básica pública de Minas Gerais.

Metodologia
Inquérito epidemiológico transversal cuja população foi composta pelos professores da educação básica das escolas estaduais de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu entre 26 de outubro e 31 de dezembro de 2021. Formulário online contendo o questionário validado no Brasil, Self Report Questionnaire (SRQ-20), foi enviado por e-mail com o apoio da Secretaria de Estado de Educação. As covariáveis incluíram sexo, idade, características ocupacionais, segurança para retornar às atividades docentes presenciais e a escala “medo da COVID-19”. As associações entre as variáveis foram analisadas por meio do teste do Qui-quadrado e regressão de Poisson com variância robusta.

Resultados
Dentre os 1.870 professores participantes, 77% eram mulheres, a média de idade era de 44,3 anos, 40% atuavam na docência há, pelo menos, 16 anos e 57% já haviam retomado integralmente as atividades presenciais. A prevalência de TMC foi de 35%; sendo significativamente mais elevada entre as mulheres, mais jovens, com vínculo efetivo nas escolas estaduais, insatisfeitos com o trabalho, com respostas negativas em relação aos aspectos psicossociais do trabalho (demanda psicológica, controle e apoio social), aqueles com algum grau de insegurança quanto à retomada das atividades presenciais e com medo moderado ou excessivo da COVID-19.

Conclusões/Considerações
A prevalência de TMC encontrada suscita a necessidade de abordagens específicas no trabalho escolar. Essa prevalência foi predominantemente influenciada pela relação que o professor estabelece com o seu trabalho e foi agravada pela pandemia. Medidas de proteção e prevenção, bem como ações para proteção da saúde mental do professor são essenciais e devem considerar o contexto em que se insere esta categoria profissional.