Sessão Assíncrona


SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)

38881 - TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE DE POLICIAIS MILITARES COM A PATENTE CABO NO ESTADO DO CEARÁ ENTRE OS ANOS DE 2011 A 2021
CHIARA LUBICH MEDEIROS DE FIGUEIREDO - UFC, CAROLINE MARY GURGEL DIAS FLORÊNCIO - UFC


Apresentação/Introdução
A mortalidade de policiais militares (PM) no Brasil ganha destaque quando se compara aos demais tipos de polícia. O número de mortes de PM por causas violentas é 6,18 vezes maior que na população comum. Acrescente ainda outras causas, porém também advindas da profissão, como a insuficiência coronariana e o acidente vascular encefálico, ambas importantes causas de morbimortalidade.

Objetivos
Caracterizar as mortes de policiais militares, da patente cabo, no Estado do Ceará no período de 2011 a 2021 e descrever a tendência temporal desses casos.

Metodologia
Estudo epidemiológico do tipo ecológico de série temporal, com dados secundários sobre óbitos entre cabos da policial militar no Ceará nos anos de 2011 a 2021. Os dados foram obtidos a partir do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Sistema Estadual (Ceará), sendo oriundos do Sistema de informação sobre mortalidade (SIM). O download dos bancos de dados ocorreu nos meses de abril e maio de 2022. Utilizou-se o Microsoft Office Excel 2010® for Windows 2010, para limpeza e análise da consistência interna. Por se tratar de dados de domínio público, despensa a submissão ao Comitê de Ética.

Resultados
No período de 2011 a 2021, entre os cabos da polícia militar que atua no Ceará, foram registrados 588 óbitos. Com prevalência no sexo masculino (99,0%), pardos (57,6%) e casados (69,3%). No que refere à idade, observa-se um predomínio na faixa etária de 75 a 90 anos (19,0%), seguido de 35 a 59 anos (10,0%) cujos percentuais variaram entre os anos. O ano de 2021 (19,5%) foi o período que mais foi registrado óbitos, seguido do ano de 2020 (14,2%). Considerando o local de ocorrência e residência, Fortaleza representou aproximadamente 63,0% (n=324) e 71,0% (n=417), respectivamente. Sobre as causas dos óbitos, as mais prevalentes foram COVID-19 (11,22%) e problema cardiovascular (8,3%).

Conclusões/Considerações
Ao longo dos últimos anos foram realizados poucos estudos sobre indivíduo que atua como policial militar, assim como o seu processo de morbimortalidade. Essa pesquisa trouxe dados importantes, visto que, a maioria das causas podem ser prevenidas através de mudanças de hábitos de vida. Destaca-se o período de 2020 e 2021 como anos atípicos devido a pandemia por COVID-19, porém relembra que os agentes atuaram na linha de frente.