SA7.1 - SAÚDE DO TRABALHADOR (TODOS OS DIAS)
|
38505 - CONHECENDO OS CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DA RENAST IRINA NATSUMI HIRAOKA MORIYAMA - FSP/ USP, AMANDA APARECIDA SILVA MACAIA - ASAS, SANDRA LORENA BELTRÁN-HURTADO - FSP/ USP, THAIS VIEIRA ESTEVES - UNESP E CESTEH/ FIOCRUZ, RODOLFO ANDRADE DE GOUVEIA VILELA - FSP/ USP
Apresentação/Introdução Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) são fundamentais no subsídio técnico e científico da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no Sistema Único de Saúde (SUS). No estado de São Paulo, com importantes conquistas na área, configurou-se um cenário de fragilização dos CEREST que engendrou um projeto intersetorial para o fortalecimento da RENAST.
Objetivos Conhecer, a partir da perspectiva de atores sociais dos CERESTs do estado de São Paulo, a situação de seus serviços e fatores que influenciam, visando fomentar atuação de parceiros institucionais em prol da RENAST.
Metodologia Estudo exploratório descritivo com dados primários via questionários eletrônicos semiestruturados enviados aos 40 CEREST do estado, nas categorias coordenadores (C) e profissionais (P) de CEREST, e secretários de saúde (S) dos municípios sede desses serviços. As 72 perguntas, predominantemente fechadas, abordaram perfil e experiência dos participantes e dados dos CEREST, aspectos de condições de trabalho, gestão e controle social. As respostas fechadas foram calculadas em números absoluto e percentuais (geral, por categoria e/ou CEREST) e as abertas foram codificadas e categorizadas, possibilitando também sua quantificação. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética – CAAE 42420320.3.0000.5421.
Resultados A partir das 104 respostas válidas, correspondentes a 20,2% da população e 92,5% dos CEREST, destacam-se como aspectos positivos: inserção de ações nos planos de saúde, satisfação e compromisso dos participantes, e avanços pontuais nas ações de vigilância. Enquanto desafios: composição das equipes e política de pessoal condizentes com as demandas acumuladas e crescentes na saúde (transição epidemiológica, configurações do mundo do trabalho e pandemia); tímidos avanços na articulação intra e intersetorial, gestão regional e cobertura/ municipalização das ações/ responsabilização da gestão; critérios e mecanismos de financiamento inadequados; e influência de interesses eleitorais e econômicos.
Conclusões/Considerações Mesmo com limitações (instrumento semiestruturado e maior participação de efetivos), os resultados foram corroborados em espaços ampliados de debate com nível nacional, estadual e municipal. Dentre os avanços e desafios referidos, alguns são comuns ao SUS como um todo e outros são mais específicos da ST, ainda que a implantação da RENAST seja uma estratégia para capilaridade da área no SUS.
|