SA6.3 - MIGRANTES, NUTRIÇÃO E SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)
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44520 - DESIGUALDADES DE ESCOLARIDADE NAS PERCEPÇÕES E PRÁTICAS EM SAÚDE E AMBIENTE LHAIS DE PAULA BARBOSA MEDINA - UNICAMP, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP, MARGARETH GUIMARÃES LIMA - UNICAMP, HERLING GREGÓRIO AGUILAR ALONZO - UNICAMP
Apresentação/Introdução Dentre os inúmeros desafios que a globalização nos apresenta, a questão ambiental é considerada um aspecto central. Não será possível avançar com qualquer modelo econômico sem levar em conta a proteção e recuperação do meio ambiente. Os moldes de produção atuais concorrem para danos irreversíveis e o governo brasileiro atual é contrário aos esforços globais de proteção à saúde ambiental.
Objetivos Estimar a prevalência de percepções e práticas relacionadas à saúde e ambiente em uma metrópole do sudeste brasileiro, e conhecer as desigualdades segundo nível de escolaridade presentes nestes indicadores.
Metodologia Foram analisados dados do inquérito de saúde de base populacional ISACamp 2014/15 realizado com 2.581 indivíduos com 10 anos ou mais, residentes em Campinas-SP. Estimaram-se as prevalências das percepções sobre estar exposto a algum tipo de contaminação ou poluição; reconhecer uma fonte de contaminação ou poluição próximo ao domicílio (entre os que se sentem expostos); preocupar-se com o uso de agrotóxicos nos alimentos e das práticas de consumir alimentos orgânicos com alguma frequência; e separar o lixo em reciclável e orgânico. Foram calculadas as razões de prevalência segundo escolaridade (0-3*; 4-8; 9-11 e 12 anos ou mais de estudo), ajustadas por sexo e idade. *categoria de referência
Resultados Cerca de 50% da população sente que está exposta a algum tipo de poluição, dentre os quais 60,7% reconhecem uma fonte de poluição próxima; apenas 26,1% se preocupam com o uso de agrotóxicos, 26,3% consomem alimentos orgânicos e 59,5% separam o lixo. Comparados ao grupo com 0 a 3 anos de estudo, o segmento mais escolarizado apresentou prevalência superior de separar o lixo (RP=1,67), preocupar-se com agrotóxicos (RPs=2,03), consumir orgânicos (RP=2,09) e sentir que está exposto a poluição (RP=1,39). Mas ter fonte de contaminação/poluição próxima do domicílio foi menos frequente entre os segmentos mais escolarizados (RP=0,65).
Conclusões/Considerações Os grupos mais escolarizados apresentaram maior prevalência de todos os indicadores analisados, exceto de ter próximo de suas casas uma fonte de contaminação/poluição, ou seja, maior percepção dos problemas, melhores práticas, e menor exposição. As desigualdades encontradas expressam uma demanda por políticas ambientais, econômicas, de saúde e de alimentação que viabilizem mudanças comportamentais para todos os segmentos populacionais.
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