SA6.3 - MIGRANTES, NUTRIÇÃO E SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)
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42097 - ANÁLISE ESPACIAL DA MORTALIDADE DE MOTOCICLISTAS NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NOS TRIÊNIOS 2000-2002, 2009-2011 E 2016-2018 LAÍS SANTOS DE MAGALHÃES CARDOSO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., GUILHERME AUGUSTO VELOSO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTATÍSTICA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., RENATO AZEREDO TEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., JULIANA BOTTONI DE SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., CRIZIAN SAAR GOMES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., FABIANA MARTINS DIAS DE ANDRADE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., EDMAR GERALDO RIBEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., ELTON JUNIOR SADY PRATES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., MARIANA SANTOS FELISBINO MENDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., DEBORAH CARVALHO MALTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.
Apresentação/Introdução As motocicletas têm ganhado cada vez mais aceitação dos brasileiros por serem veículos ágeis e mais baratos. Com o aumento da frota, a ocorrência de acidentes envolvendo os motociclistas tem se tornado um grave problema de saúde pública no país, já que são responsáveis por alta mortalidade e, quando não culminam em eventos fatais, acarretam incapacidades temporárias e permanentes.
Objetivos Analisar o padrão espacial de distribuição da mortalidade de motociclistas causada por lesões decorrentes do trânsito nos triênios 2000-2002, 2009-2011 e 2016-2018 e correlacionar com indicador de desenvolvimento econômico.
Metodologia Este estudo descritivo e exploratório usa as estimativas de mortalidade de motociclistas provenientes do estudo Global Burden of Disease (GBD), calculadas para os municípios brasileiros nos triênios 2000-2002, 2009-2011 e 2016-2018. A identificação da presença de padrões espaciais foi realizada a partir de um indicador local de autocorrelação espacial (LISA), permitindo a identificação de clusters. Realizou-se análise de correlação entre as taxas de mortalidade municipais e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios.
Resultados Entre os triênios 2000-2002 e 2016-2018, as taxas de mortalidade de motociclistas aumentaram no Brasil, principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Essas regiões concentram a maior parte dos municípios classificados como padrão alto-alto, ou seja, municípios que possuem altas taxas próximos de municípios com a mesma característica. Por outro lado, o padrão baixo-baixo concentra-se em municípios provenientes das regiões Sul, Sudeste e Norte. Observou-se correlação negativa entre as taxas de mortalidade de motociclistas do último triênio (2016-2018) e os PIB per capita municipais.
Conclusões/Considerações Municípios das regiões Nordeste e Centro-Oeste concentraram as maiores taxas de mortalidade de motociclistas no país. As taxas de mortalidade mais elevadas estão associadas a menores valores de PIB per capita. As taxas e os padrões espaciais observados reforçam a necessidade de ações articuladas entre governo e toda a sociedade, essenciais para o planejamento de intervenções na saúde individual e coletiva e de alcance da meta 3.6 da Agenda 2030.
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