SA6.3 - MIGRANTES, NUTRIÇÃO E SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)
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42042 - DISTRIBUIÇÃO DA MORTALIDADE PREMATURA POR DIABETES NO BRASIL NOS TRIÊNIOS DE 2010 A 2012 E 2015 A 2017 LAÍS SANTOS DE MAGALHÃES CARDOSO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., RENATO AZEREDO TEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, BELO HORIZONTE (MG), BRASIL., GUILHERME AUGUSTO VELOSO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTATÍSTICA, BELO HORIZONTE (MG), BRASIL., JULIANA BOTTONI DE SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE (MG), BRASIL., ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, HOSPITAL DAS CLÍNICAS E FACULDADE DE MEDICINA, BELO HORIZONTE (MG), BRASIL., DEBORAH CARVALHO MALTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, ESCOLA DE ENFERMAGEM, BELO HORIZONTE (MG), BRASIL.
Apresentação/Introdução O Brasil apresenta alta carga de diabetes mellitus e de obesidade, considerada seu principal fator de risco biológico, e estados com piores indicadores sociais são especialmente afetados. A prevalência de fatores de risco para diabetes e a qualidade da atenção à saúde orientada aos indivíduos acometidos com a doença podem determinar a carga de mortalidade por essa causa no Brasil.
Objetivos Analisar a distribuição espacial da mortalidade prematura por diabetes nos municípios brasileiros. Analisar a evolução da mortalidade por esse grupo de causas entre os triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017.
Metodologia Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Aplicou-se coeficientes para correção de sub-registro dos óbitos, realizou-se redistribuição proporcional dos dados faltantes e das causas garbage. As taxas municipais de mortalidade prematura (30 a 69 anos de idade) por diabetes foram calculadas pelo estimador bayesiano empírico local para os triênios 2010 a 2012 e 2015 a 2017. Foram calculados os intervalos de confiança e a variação percentual entre os triênios. Foram apresentadas as médias trienais das taxas municipais agregadas por macrorregiões brasileiras. Aplicou-se teste t para comparar a diferença entre as médias trienais.
Resultados A região Nordeste apresentou a maior taxa média no triênio 2010 a 2012 (34,7; IC95% 34,1-35,3), seguida das regiões Norte (29,5; IC95% 28,5-30,4), Sudeste (26,0; IC95% 25,6-26,4), Centro-Oeste (24,9; IC95% 24,3-25,5) e Sul (21,6; IC95% 21,1-22,1). No triênio 2015 a 2017, a região Nordeste manteve a maior taxa média (34,4, IC95% 33,9-35,0), seguida das regiões Norte (30,6; IC95% 29,7-31,6), Centro-Oeste (26,1; IC95% 25,4-26,7), Sudeste (23,0; IC95% 22,6-23,4) e Sul (20,4; 20,0-20,9). Nas regiões Sudeste e Sul houve declínio das médias das taxas por diabetes (-11,5%; p=0,00 e -5,6%; p=0,00) e nas regiões Centro-Oeste e Norte houve acréscimo (4,8%; p=0,00 e 3,7%; p=0,02).
Conclusões/Considerações Municípios da região Nordeste apresentaram as maiores taxas em ambos os triênios. Houve declínio da mortalidade nas regiões Sudeste e Sul e aumento nas regiões Centro-Oeste e Norte. Análises de distribuição da mortalidade prematura por diabetes contribuem para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da carga de diabetes e seus fatores de risco, e de alcance da meta 3.4 da Agenda 2030 no país.
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