Sessão Assíncrona


SA6.2 - TÓPICOS EM SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)

41099 - ANÁLISE DE ÓBITOS POR SÍFILIS CONGÊNITA, RIO DE JANEIRO, 2017-2021
ELIZABETH BORGES LEMOS - SES/RJ, JULIANA REBELLO GOMES. - SES/RJ, DENISE RIBEIRO FRANQUEIRA PIRES - SES/RJ, CLARISSA GONÇALVES DA SILVA. - SES/RJ, MARIA DA GRAÇA LESSA SILVA - SES/RJ


Apresentação/Introdução
Didaticamente, divide-se a sífilis congênita (SC) em precoce e tardia, conforme as manifestações clínicas apareçam antes ou depois dos dois primeiros anos de vida. Traçando o perfil dos óbitos por sífilis congênita no ERJ, podemos fazer uma investigação detalhada sobre onde estão as maiores vulnerabilidades para interceder com estudos, orientações, treinamento técnico e outras melhorias.

Objetivos
Traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por SC em menores de 1 ano do ERJ no período de 2017-2022, através da análise de algumas variáveis do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) dos óbitos com causa base sífilis congênita.

Metodologia
Trata-se de estudo epidemiológico descritivo realizado com dados secundários sem identificação, retirados dos sistemas de informação SIM e SINASC, referentes ao ERJ, entre os anos de 2017 e 2021. Foi utilizada a definição de caso de SC, conforme a preconizada pelo Ministério da Saúde (MS), sendo analisados os óbitos fetais e não fetais. Os dados foram exportados da base nacional do SIM em 25/04/2022. Para a organização dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel 2010.

Resultados
Ocorreram um total de 1.128 óbitos com causa base SC, divididos em 232 nascidos vivos e 896 natimortos. Foram escolhidas as variáveis: município de residência, observando-se a maior concentração de casos na Região Metropolitana I, tipo de óbito (fetal – 79,4% e não fetal – 20,6%), idade gestacional no momento do óbito (75,2% no terceiro trimestre), faixa etária materna (36,2% em 15 a 19 anos) e realização de pré-natal (33% sem realização). Também foi calculado o indicador epidemiológico coeficiente de mortalidade infantil específico por SC (1,2 óbitos/mil nascidos vivos).

Conclusões/Considerações
Os casos concentram-se na capital – 36,2% e Duque de Caxias - 14,5%, podendo estar atrelado ao número de habitantes, maior sensibilidade dos profissionais, etc.. Aconteceram óbitos em 54,3% dos municípios. Sugere-se um período maior de exposição ao treponema, com possível tratamento recorrente ou inadequado. A vulnerabilidade materna por faixa etária tem declínio proporcional ao aumento da idade. O pré-natal de qualidade é vital no combate à SC.