SA6.1 - AGENDA 2030, APS E SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)
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39708 - DESCRIÇÃO DE PRÁTICAS RELACIONADAS A SAL E SÓDIO DE UM GRUPO DE BRASILEIROS - CONTRIBUIÇÕES DA NUTRIÇÃO PARA A AGENDA 2030 ALÍCIA TAVARES DA SILVA GOMES - NUPENS-USP (FSP-USP), EDUARDO AUGUSTO FERNANDES NILSON - NUPENS-USP (FSP-USP), PATRICIA CONSTANTE JAIME - NUPENS-USP (FSP-USP)
Apresentação/Introdução A Agenda 2030 define a redução da mortalidade precoce por doenças crônicas como prioridade, tendo a diminuição do consumo de sódio como uma das medidas com melhor custo-benefício e efetividade, porém, ainda representa um desafio em Saúde Coletiva. Avaliar práticas relacionadas a sal e sódio na população pode contribuir para o desenvolvimento de ações locais que visem ao alcance desse objetivo.
Objetivos Descrever as práticas – conhecimento, percepções, e comportamentos – em relação a sal e sódio de um grupo de adultos brasileiros, relacionando os achados com a Agenda 2030.
Metodologia Estudo transversal, com dados de amostra probabilística (n=422) coletados através de ligações telefônicas em 2019, composta por mulheres (50%), sem nível superior (67%), entre 20-59 anos (média: 38 ±11 anos), moradores de Jundiaí (SP). Participantes foram questionados sobre suas percepções (por ex., auto avaliação do consumo de sal), comportamentos (por ex., consumo semanal de marcadores dietéticos como bolacha, refrigerante, empanado/hambúrguer congelado, salgadinho/batata palha, embutidos, pizza), e conhecimentos (por ex., conhecer o limite de consumo de até 5g sal/dia) relacionados a sal e sódio. Este estudo apresenta a estatística descritiva dos itens coletados por instrumento validado.
Resultados A maioria dos entrevistados considera que sempre/frequentemente seguiu uma alimentação saudável (55%) e julga sua saúde como boa/muito boa (69%). Ao menos 25% dos participantes afirmaram consumir pelo menos 1 vez/semana os marcadores de consumo. A minoria afirmou sempre controlar a quantidade de gordura (26%) e sal (41%) que consome. Apesar de 51% afirmar conhecer os alimentos industrializados com alto teor de sódio, 54% nunca/raramente lê a tabela nutricional/lista de ingredientes, 44% nunca/raramente observa informações nutricionais adicionais, e 24% utiliza temperos prontos. A maioria (57%) afirmou saber o limite de consumo, porém, apenas 7% reconhece a própria ingestão como “muito sal”.
Conclusões/Considerações Apesar do consumo excessivo de sódio ser realidade na população brasileira, os resultados desse estudo apontam para uma discrepância entre a percepção da realização de práticas saudáveis, e a realização de fato. Tal constatação evidencia a necessidade de investimentos robustos e permanentes na promoção da saúde e em políticas de Alimentação e Nutrição, demonstrando a relevância de ações intersetoriais para o alcance dos ODS da Agenda 2030.
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