24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.20 - PANDEMIA DA COVID-19 E SAÚDE REPRODUTIVA |
41825 - PERCEPÇÃO MATERNA DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE CRIANÇAS NASCIDAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19, EM FORTALEZA-CEARÁ ELEONORA PEREIRA MELO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, DENISE LIMA NOGUEIRA - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, LUCAS DE SOUZA ALBUQUERQUE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, CAMILA MACHADO DE AQUINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, JORDAN PRAZERES FREITAS DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, DAVID AUGUSTO BATISTA SÁ ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, MARIA SUELLY NOGUEIRA PINHEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, YURI VALENTIM CARNEIRO GOMES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, MARCIA C. CASTRO - HARVARD T.H. CHAN SCHOOL OF PUBLIC HEALTH, MARCIA MARIA TAVARES MACHADO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Apresentação/Introdução O público infantil é considerado um grupo vulnerável, sendo essencial seu acompanhamento sistematizado e periódico. No Brasil, as práticas de saúde voltadas a esse segmento se dão, principalmente, por meio da Atenção Primária à Saúde. Devido a pandemia de Covid-19, ações de cuidado programadas podem ter ocorrido de maneira precária ou ausentes, acarretando prejuízos às crianças.
Objetivos Compreender as percepções maternas sobre as repercussões da pandemia de Covid-19 na assistência à saúde ofertada pela atenção primária às crianças nascidas durante o distanciamento físico, em contextos de vulnerabilidade social.
Metodologia Pesquisa qualitativa realizada com trinta mães participantes do estudo “Iracema Covid: coorte de mães e crianças nascidas durante a pandemia de COVID-19 em Fortaleza, Ceará”, na 3ª onda (18 meses pós-parto). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, durante o período de distanciamento físico, decretado pelo governo estadual, por meio de ligações telefônicas, de janeiro a março de 2022. As entrevistas foram gravadas, transcritas e o material foi analisado segundo as etapas da análise de conteúdo do tipo categorial, com suporte do software MaxQDA.
Resultados Emergiram as categorias: 1) Desafios para o acompanhamento do crescimento, do desenvolvimento e das situações de saúde infantis; 2) Caminhos para o cuidado de saúde da criança. As mães relataram suspensão das consultas de puericultura, ausência de visitas domiciliares pelas equipes da ESF e falta de suporte para o aleitamento materno, comprometendo o processo de seguimento do binômio. Para manter os cuidados de saúde, buscaram informações sobre amamentação e desenvolvimento infantil nas redes sociais. Algumas adquiriram plano de saúde privado, visando o acompanhamento sistemático do filho. As mães narraram medo e angústia devido ao afastamento familiar e à falta de suporte dos profissionais.
Conclusões/Considerações Percebeu-se que as mães se sentiram muito apreensivas nesse período de distanciamento físico, e os serviços de saúde não estavam organizados para oferecer suporte presencial ou remoto. É preciso fortalecer o papel da atenção primária, com acompanhamento de puericultura, para avaliar as condições de saúde das crianças que nasceram durante a pandemia. O teleatendimento deve ser implementado a fim de garantir a integralidade da assistência.
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