24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.20 - PANDEMIA DA COVID-19 E SAÚDE REPRODUTIVA |
41078 - VIDA E SAÚDE REPRODUTIVA DE MULHERES VIVENDO COM HIV NA PANDEMIA DE COVID-19 DANIELY SCIAROTTA - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, CLAUDIA BONAN - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, ANA PAULA DOS REIS - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, CECILIA MCCALLUM - FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS/UFBA; INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, GREICE MENEZES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, ANDREZA RODRIGUES - ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/UFRJ, ULLA MACEDO - INSTITUTO GONÇALO MONIZ/FIOCRUZ BAHIA, NANDA DUARTE - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, MAIARA AMÉRICO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, DÉBORA CHAVES - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Relatórios da ONU indicam que desigualdades de gênero e étnico-raciais aumentam a exposição às IST, especialmente HIV. Desafios decorrentes da pandemia de Covid-19 aprofundam dificuldades que mulheres já enfrentavam antes da crise sanitária, como acesso a serviços de saúde, afetando principalmente as mais vulnerabilizadas, aprofundando as injustiças reprodutivas.
Objetivos O trabalho tem como objetivo discutir como a vida e a saúde reprodutiva das mulheres que vivem com HIV foram afetadas pela pandemia da Covid-19, com ênfase nos aspectos reprodutivos.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa de escopo nacional intitulada “Pandemia de Covid-19 e práticas reprodutivas de mulheres no Brasil”, realizada pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Reprodução e Justiça (RepGen) que reúne pesquisadoras da Fiocruz, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Os dados foram coletados por meio de questionário online e entrevistas individuais semiestruturadas, com mulheres de 18 anos ou mais. Responderam ao questionário 8.313 mulheres e 3.861aceitaram participar da fase qualitativa e deixaram contato. Neste trabalho, apenas os resultados da análise dos dados e entrevistas de mulheres que declararam viver com HIV serão apresentados.
Resultados Resultados preliminares indicam efeitos negativos da pandemia de Covid-19 sobre os cuidados em saúde das mulheres que vivem com HIV, no Brasil. Os serviços de saúde utilizados por elas foram afetados, com restrição de funcionamento, especialmente aqueles que prestam assistência à saúde reprodutiva e os serviços de dispensação de medicamentos antirretrovirais. Além disso, os achados apontam que o medo das mulheres de contrair Covid-19 nos serviços de saúde, fizeram com que adiassem o acompanhamento em saúde. A saúde emocional das mulheres também foi afetada, com muitos relatos de ansiedade e outros sintomas.
Conclusões/Considerações À luz do conceito de justiça reprodutiva, esse trabalho soma-se a outros que têm demonstrado como a pandemia de Covid-19 afetou a vida e as condições de cuidado em saúde reprodutiva das mulheres, em todo Brasil, especialmente as periféricas, negras, pobres e outras em situação de vulnerabilidade. Os resultados podem contribuir para melhorar a resposta das políticas públicas às crises sanitárias, de modo a garantir o acesso e cuidado em saúde.
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